Viró disco?
Nunca cheguei a falar das autárquicas. Talvez porque não houvesse
muito que falar. Todavia, gostaria apenas de registar o facto de o Porto ter
dado a vitória a Rui Moreira. O que acho óptimo, em face da asneirada do PSD em
ter depositado as suas “odds” de vitória na base das benesses de um Meneses
que, impressão minha ou ia chorando outra vez na hora da derrota. Juraria que
se fosse no Coliseu em Lisboa, tê-lo-ia feito, por entre uns queixumes sobre o
elitismo sulista.
Com Meneses mai-los seus porcos, rendas de casa e impulsos discursivos
mais apropriados aos parolos que ele continua a julgar que os eleitores são,
restava o Pizarro socialista e Moreira. Por isso… acho que está bem. Mas
lembrando-me de Moreira num daqueles programas desportivos em que ele abandonou
a sala em directo por não ter argumentos para defender o que, na verdade, era
indefensável (falava-se do «apito dourado»), relativamente ao seu FêQuêPê, mais
a sua indesmentida aderência ao «fixe» Soares, leva-me a recear que a segunda cidade
portuguesa passe a ter, de novo, aqueles arraiais na varanda da Câmara
Municipal de cada vez que o clube da terra ganha campeonatos, o que acontece
com frequência. Coisa com que Rui Rio tinha acabado, afirmando que aquele era
um lugar cuja desejável solenidade não se compaginava com os festejos do
campeonato. Quanto ao Soarismo de Moreira, quero crer que os humores recentes
de Mário Soares poderão ter arrefecido os entusiasmos do autarca agora eleito
pelos portuenses.
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Etiquetas: eleições autárquicas, FêQuêPê, Rui Moreira
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