Mas está tudo doido?
Ontem, uma cascata de acontecimentos surrealistas (surreais,
surreais) relegou as horas, minutos e segundos a que a ministra das finanças
terá recebido uns quantos mails para segundo plano.
Os acontecimentos são conhecidos e parecem não ter franzido
demasiados sobrolhos. Afinal, estamos gradualmente a atingir um grau de
imbecilidade que a breve trecho nos resolverá os problemas todos – pelo
relativismo em que a vida do nosso colectivo passará a desenrolar-se. Aqui, um
colectivo de juízes achou que «…Note-se que, com álcool, o trabalhador pode esquecer as agruras da vida e empenhar-se muito mais a lançar frigoríficos sobre camiões, e por isso, na alegria da imensa diversidade da vida, o público servido até pode achar que aquele trabalhador alegre é muito produtivo e um excelente e rápido removedor de electrodomésticos…». Já aqui, o Tribunal Constitucional diz a Fernando
Seara que pode ir fazendo campanha pela Câmara de Lisboa, mas que se ponha a
pau e coma a sopa toda senão pode muito bem ver revogada a decisão e ter de ir
à TVI pedir emprego. Finalmente, uma senhora de nome Ana Rita rejubila com a
decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja que poupou a vida a um cão
que atacou e matou uma criança e, cito, «…Vamos chamá-lo Mandela, porque tal como o líder sul-africano este cão também é um símbolo de liberdade. Esteve preso sete meses sem saber porquê, tal como Mandela esteve preso mais de duas décadas…».
Estamos a um escasso milímetro de sermos ridículos. E não
será por escrevermos cartas de amor.
Etiquetas: Ai Portugal, cretinismo militante
2 Comments:
Antes de falar sobre o Zico procure informar-se acerca do assunto primeiro...
Seráque esses senhores e senhoras
da Animal dariam o nome "CAO" a um
seu familiar?
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