Ai Portugal!
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O à vontade com que o primeiro-ministro e a abulia reinante no hemiciclo quando aquele disse que iria abolir/extinguir 137 instituições públicas dizem bem um bocadinho de todos nós. Tanto daqueles que criminosamente formavam, criavam organizações estatais e respectivos gestores, directores, assessores e consultores e que agora se reconhece que não serviam para nada, como dos que assistiam impávidos à pouca vergonha, quiçá na esperança de que um dia chegaria o dia deles também. Excluo os eleitores, o «povo» porque esse, no fundo, é farinha do mesmo saco. Cada um à sua escala, naturalmente. Enquanto um gestor pode aguardar paulatinamente a sua vez para ser nomeado, o Zé, o do «povo», continua entretido em saber como vai passar a perna ao fisco, obter a licença para a marquise, pedir para lhe empregarem a filha ou aldrabar nas contas da pequena empresa. Como disse, é tudo uma questão de escala.
Depois, dá «nisto». Um país falido, um primeiro-ministro armado agora em cavaleiro andante e um líder de oposição a debitar umas vacuidades quaisquer sobre, por exemplo e que me ocorra, este governo é o governo dos três «is» e acaba a fazer um qualquer jogo de palavras na retórica pífia, ainda que galvanizada, dos socialistas. Não falando naquele punhado de «zangados», Apolónia, Louçã e correlativos cujo discurso, com franqueza, já nem se me cola à memória.
Um quadro triste. Este. O da bonomia com que se fala da extinção de 137 organizações públicas. E ninguém diz nada. E ninguém pergunta nada. Para que serviam e quem se lembrou de as criar. E logo à noite aí teremos os «paineleiros» do costume, à hora do costume, aos costumes dizendo nada.
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O à vontade com que o primeiro-ministro e a abulia reinante no hemiciclo quando aquele disse que iria abolir/extinguir 137 instituições públicas dizem bem um bocadinho de todos nós. Tanto daqueles que criminosamente formavam, criavam organizações estatais e respectivos gestores, directores, assessores e consultores e que agora se reconhece que não serviam para nada, como dos que assistiam impávidos à pouca vergonha, quiçá na esperança de que um dia chegaria o dia deles também. Excluo os eleitores, o «povo» porque esse, no fundo, é farinha do mesmo saco. Cada um à sua escala, naturalmente. Enquanto um gestor pode aguardar paulatinamente a sua vez para ser nomeado, o Zé, o do «povo», continua entretido em saber como vai passar a perna ao fisco, obter a licença para a marquise, pedir para lhe empregarem a filha ou aldrabar nas contas da pequena empresa. Como disse, é tudo uma questão de escala.
Depois, dá «nisto». Um país falido, um primeiro-ministro armado agora em cavaleiro andante e um líder de oposição a debitar umas vacuidades quaisquer sobre, por exemplo e que me ocorra, este governo é o governo dos três «is» e acaba a fazer um qualquer jogo de palavras na retórica pífia, ainda que galvanizada, dos socialistas. Não falando naquele punhado de «zangados», Apolónia, Louçã e correlativos cujo discurso, com franqueza, já nem se me cola à memória.
Um quadro triste. Este. O da bonomia com que se fala da extinção de 137 organizações públicas. E ninguém diz nada. E ninguém pergunta nada. Para que serviam e quem se lembrou de as criar. E logo à noite aí teremos os «paineleiros» do costume, à hora do costume, aos costumes dizendo nada.
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Etiquetas: Ai Portugal, farinha do mesmo saco
6 Comments:
Uma boa amiga, da estirpe que faz do rigor o seu middle name e que sabe tudo o que se passa em Portugal e no estrangeiro :))) corrigiu-me, dizendo que eram 137 e não 132 as organizações extintas. Eu sabia... mas devo ter tido uma dislexia momentânea que me levou a escrever 132!... Mas vá lá uma pessoa agora esperar que acreditem nela.
Correcção feita, resta-me deixar aqui o meu agradecimento :)
;-) Desnecessário.
Bjo.
E já agora, não acha que quem devia pagar o buracão das contas públicas não deveria ser os que nos têm vindo a governar? Que eu saiba, aquando do pedido de satisfações e de responsabilidades perante a administração fiscal em representação de empresas privadas, por exemplo, quem é chamado à dolorosa é o gerente/administrador à época do acontecimento. Ou estou enganada?!
É extraordinário!
Seria interessante saber em NÚMEROS quanto representam essas instituições...
xx
Lurdes
Eu achar, acho. Mas é uma ideia inviável. Isso abriria um precedente difícil de gerir no futuro!... Seria uma medidaa que viria depois a ser politizada e usada arbitrariamente
papoila
É melhor nem sabermos, papoila...
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