quinta-feira, setembro 08, 2011

Poesia em movimento





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Lula da Silva está em Lisboa. Falou com Cavaco Silva, com Passos Coelho e jantou com o Eusébio e o Luisão. Ah! E o Filipe Vieira ofereceu-lhe uma camisola de lampião com o número 4.

Lula desta vez não chorou. Mas deixou a marca de água do socialista que se preza de ser. Entre outras coisas disse que sofreu muito quando era sindicalista e que quando foi eleito o Brasil tinha uma inflação de 80% ao mês. E que está muito contente porque acharam petróleo no Brasil. E como Portugal tem os estaleiros de Viana de Castelo está tudo legal. O Brasil precisa de barcos para transportar o petróleo e Portugal tem um estaleiro (está para fechar, falido, mas isso são ninharias que não vêm ao caso). Ainda por cima Chávez «esqueceu-se» daquilo, Lula pode muito bem comprá-lo). Nada melhor que uma notícia destas para reforçar os históricos laços com a nação irmã neste 7 de Setembro. Barcos construídos em Viana de Castelo carregando o petróleo brasileiro. Poetry in motion.

Esta retórica socialista é uma delícia. Mas gostar, gostar, gostei de quando Lula disse:

- A TAP é uma grande companhia. O Brasil poderia estar interessado na sua compra. Porque Portugal tem uma grande expertize (SIC) no mercado africano e o Brasil não tem. Assim, nós, brasileiros, estaríamos interessados no mercado africano. E Portugal … - pausa, Lula procurando as palavras… - e Portugal também!

Explicadas as ponderosas razões pelas quais o Brasil poderá estar interessado na TAP, Lula foi jantar.

NOTA: Ler este post «Que coisa mais linda» da Helena Matos sobre o tratamento dado pela media portuguesa aos recentes e novos tumultos no Complexo do Alemão.
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