Morrer à fome
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Moçambique, um país a que me ligam especiais laços de amizade pelos vários anos que lá vivi no período pós independência e pela actividade profissional que lá desenvolvi, teve um crescimento económico de 7% no primeiro trimestre de 2011, ultrapassando as expectativas em 0,5 %. Num momento conturbado do mundo, um país como Moçambique, resgatado às loucuras da guerra e de políticas ruinosas de vários anos, um crescimento de 7% é notável e, apesar de ser transversal a todos os sectores, parece destacar-se o desenvolvimento dos transportes e comunicações, pelo contributo que prestaram a esse crescimento económico.
Entretanto, e apesar destas boas notícias, há outras, como esta ,que arrefecem o entusiasmo e nos fazem pensar ainda como é que num país dotado de excepcionais condições naturais para a produção agrícola, atravessado por rios de recursos quase ilimitados e dotado de uma rede assistencial de várias ong’s, departamentos das NU e mesmo agências governamentais como a USAID e beneficiando de múltiplos programas de assistência financeira e em género, se permite deixar morrer 700 crianças por malnutrição, no primeiro semestre deste ano.
É trágico. Eu sei que há tragédias maiores, como a somali. Mas até pela diferença das condições de cada um destes países o caso moçambicano me espanta. Enquanto na Somália não há rei nem roque e um punhado de fanáticos assassinos impede a passagem de comboios de assistência médica e víveres, em Moçambique há um govermo estável e democrático e uma razoável rede de comunicações rodoviárias, aéreas, marítimas e fluviais e já ninguém anda aos tiros. Porque é que ainda morrem quatro crianças por dia à fome, presidente Guebuza?
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Moçambique, um país a que me ligam especiais laços de amizade pelos vários anos que lá vivi no período pós independência e pela actividade profissional que lá desenvolvi, teve um crescimento económico de 7% no primeiro trimestre de 2011, ultrapassando as expectativas em 0,5 %. Num momento conturbado do mundo, um país como Moçambique, resgatado às loucuras da guerra e de políticas ruinosas de vários anos, um crescimento de 7% é notável e, apesar de ser transversal a todos os sectores, parece destacar-se o desenvolvimento dos transportes e comunicações, pelo contributo que prestaram a esse crescimento económico.
Entretanto, e apesar destas boas notícias, há outras, como esta ,que arrefecem o entusiasmo e nos fazem pensar ainda como é que num país dotado de excepcionais condições naturais para a produção agrícola, atravessado por rios de recursos quase ilimitados e dotado de uma rede assistencial de várias ong’s, departamentos das NU e mesmo agências governamentais como a USAID e beneficiando de múltiplos programas de assistência financeira e em género, se permite deixar morrer 700 crianças por malnutrição, no primeiro semestre deste ano.
É trágico. Eu sei que há tragédias maiores, como a somali. Mas até pela diferença das condições de cada um destes países o caso moçambicano me espanta. Enquanto na Somália não há rei nem roque e um punhado de fanáticos assassinos impede a passagem de comboios de assistência médica e víveres, em Moçambique há um govermo estável e democrático e uma razoável rede de comunicações rodoviárias, aéreas, marítimas e fluviais e já ninguém anda aos tiros. Porque é que ainda morrem quatro crianças por dia à fome, presidente Guebuza?
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Etiquetas: fome, Moçambique
3 Comments:
Tens toda a razão, não se compreende e não se pode aceitar...
xx
porque há corrupção. Tão simples!
Há um factor a considerar. Secas e inundações, especialmente as do Limpopo não ajudam muito!
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