domingo, novembro 21, 2010

Nem uma montra partida...


A multidão. Modestinha e bem comportadinha

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Uma montra partida, um carro a arder, imagens dumas bastonadas, um ou outro sobrolho rasgado… nada, nadica a fazer-me consolidar a opinião de que acertáramos o passo com a contemporaneidade dos países ricos, livres e civilizados onde a turba costuma praticar o caos e desacatos antes de regressarem a casa para o duche e para jantar, sempre que um punhado de chefes de estado se reúne. Ainda vi uns patuscos a despejarem um balde de uma coisa vermelha e viscosa pela cabeça abaixo a fazer de conta que era sangue e a berrar contra a guerra. Mas nem em directo foi… pelo que o impacto não foi lá essas coisas, para além de terem borrado o passeio todo. Também vi cerca de cinquenta manifestantes, aparentemente rodeados por uma centena de polícias, com uns dísticos quaisquer que fiquei na dúvida se eram contra a Nato ou contra o Benfica. Do Gualter… nem cheiro, devia estar a estudar desobediência civil para algum teste. Resumindo, foi uma cena pífia como pífio parece ser tudo aquilo que leve o selo nacional. Valha-nos o Anacleto Louçã a quem ainda ouvi umas barbaridades costumeiras que, por serem barbaridades e tão desgastadas, já me vão soando em «mode fading».

E assim acabou a cimeira onde parece que o maior impacto andou à volta de um beijo que Obama pespegou numa gentil senhora à saída do AF1, que mais tarde se veio a saber ser a filha de Luís Amado, já que a mulher (esposa, Márcia, esposa, desculpa…) estava com um enxaqueca em casa. Passo por cima de algumas declarações que me pareceram realmente importantes mas só a ideia de que o nosso inefável Sócrates se anda a apropriar da paternidade de tais decisões me faz arrepiar caminho. Quase tanto como me arrepia só de falar nele, tanto quanto me eriça esta fase de aparente lavagem de imagem de Pinto de Sousa, eu que julgava que as suas nódoas nem com benzina saíam.

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6 Comments:

At 11:10 da manhã, Anonymous Vitor Correia de Azevedo disse...

Portugal acabou de criar um novo cluster. Portugal passou a ser um especialista na organização de cimeiras. E se, como diz Marcelo Rebelo de Sousa, os custos forem partilhados pelos participantes, ainda melhor.

 
At 6:31 da tarde, Blogger Luísa A. disse...

E não saem, Nelson, pelo menos enquanto houver memória. Porque, por bem que se comporte doravante, já comprometeu irremediavelmente o nosso mediano conforto, bem como o de uma ou duas gerações futuras. :-S

 
At 1:11 da manhã, Blogger Li de Queiroz disse...

Claro que não saem!

Aliás, o tipo é a essência da nódoa e a nódoa, por essência!

Que é como quem diz que ele e a nódoa se confundem, num abraço estreito de puro amor e perfeita simbiose.

O verdadeiro "dois em um"!

Assim "tipo" casório prá vidinha inteira...


Não ouvem a marcha nupcial???!!!...

 
At 11:39 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

Vítor Correia de Azevedo

É que nem durmo com a excitação de viver num país especialista em organizar cimeiras :))))))

 
At 11:41 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

Luísa

Só mesmo um sorriso amarelo pode acompanhar esta constatação, Luísa. Infelizmente as consequências foram (estão a ser) demasiado trágicas e caras para que o não lamentenmos profundamente.

 
At 11:41 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

Li

Tu consegues ter mais raiva ao homem do que eu :))))) Mas acho que tens razões para isso!

Veijos vrilhantes, mesmo assim!

 

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