Uma Comunicação Social excitada. E assertiva. A propósito da Cimeira da Nato
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Dois temas parecem dominar os noticiários da TSF hoje. Um será o controle das viaturas em Vilar Formoso. O repórter diz que o homem do SEF pede os documentos ao condutor, dá uma olhadela para o interior da viatura mas não verifica a carga (SIC). O outro tem como título mais ou menos bombástico o facto de Portugal ser o único país do mundo que paga para ter instalações da Nato no seu território.
- Senhor Almirante, porque é que Portugal é o único país que tem de pagar à NATO uma renda de €50.000/mês para aqui ter as instalações?
- Não, essa afirmação não é correcta. Portugal cedeu em 1964 alguns terrenos para a instalação do Comando Ibérico da Nato. Mais tarde e por conveniência própria Portugal solicitou à NATO a utilização de alguns terrenos para instalar o Comando Naval. Portanto, nós não pagamos à NATO para ter cá o Iberlant. Mas, sim, alugámos terrenos de que precisávamos pelos quais, naturalmente, pagamos uma renda.
Conclusão final do repórter (excitado): Estas as declarações do senhor Almirante F… segundo as quais Portugal paga cerca de €600.000/ano à Nato para ter as instalações da Nato em Oeiras.
No fim do boletim e na leitura do resumo das notícias: Portugal é o único país do mundo que paga para ter as instalações da NATO no seu território.
Mas ninguém manda esta rapaziada para retiro espiritual?
.
Dois temas parecem dominar os noticiários da TSF hoje. Um será o controle das viaturas em Vilar Formoso. O repórter diz que o homem do SEF pede os documentos ao condutor, dá uma olhadela para o interior da viatura mas não verifica a carga (SIC). O outro tem como título mais ou menos bombástico o facto de Portugal ser o único país do mundo que paga para ter instalações da Nato no seu território.
- Senhor Almirante, porque é que Portugal é o único país que tem de pagar à NATO uma renda de €50.000/mês para aqui ter as instalações?
- Não, essa afirmação não é correcta. Portugal cedeu em 1964 alguns terrenos para a instalação do Comando Ibérico da Nato. Mais tarde e por conveniência própria Portugal solicitou à NATO a utilização de alguns terrenos para instalar o Comando Naval. Portanto, nós não pagamos à NATO para ter cá o Iberlant. Mas, sim, alugámos terrenos de que precisávamos pelos quais, naturalmente, pagamos uma renda.
Conclusão final do repórter (excitado): Estas as declarações do senhor Almirante F… segundo as quais Portugal paga cerca de €600.000/ano à Nato para ter as instalações da Nato em Oeiras.
No fim do boletim e na leitura do resumo das notícias: Portugal é o único país do mundo que paga para ter as instalações da NATO no seu território.
Mas ninguém manda esta rapaziada para retiro espiritual?
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Etiquetas: comunicação social, cretinismo militante
7 Comments:
A tristeza desta rapaziada doutorada em jornalismo(e de alguns que já têm vivência suficiente para entenderem as coisas) é que se limitam a ler, gratos por terem um emprego, o que lhes é colocado à fente do nariz.
E pelo tom com que lêem, dá ideia que as únicas aulas práticas que tiveram enquanto frequentaram o curso universitário terá sido de relatos de futebol!
Há patetas, é verdade, mas é preciso ver que esta rapaziada nova cresceu, estudou e entrou no mercado de trabalho sob condições especiais de idiotia e incultura. A começar nos próprios professores. E os jornalistas, por serem jornalistas não são supostos terem seguido trajectórias diversas de outras profissões enquanto estudam. Não há portanto muito para estranhar. Mas é de lamentar que muitos deles não se apercebam destas particularidades e se empenhem em fazer a diferença.
São uma cambada de putos incompetentes mas a TSF, e não só, bem sabe tirar partido da papalvice dos putos
Eu fico sempre com a ideia de que grande parte dos jornalistas parte para as entrevistas com uma listinha de perguntas mas......está-se nas tintas para as respostas!!!!
Eu acho que eles não ouvem as respostas...))))
xx
Anónimo dixit:
"Há patetas, é verdade, mas é preciso ver que esta rapaziada nova cresceu, estudou e entrou no mercado de trabalho sob condições especiais de idiotia e incultura. A começar nos próprios professores."
Agradecia-lhe que não ofendesse uma classe profissional de forma tão ligeira e leviana.
Nao tome o todo pela parte.
Não que eu me preocupe muito com os "anónimos" desta vida, sabe?
Mas seria um(a) anónimo(a) muito mais inteligente e provaria ter muito mais cultura e savoir-faire, se não andasse pelas "bandas da virtualidade" a escrever anonimanente aleivosias e a opinar estultamente.
Nota: caso NÃO saiba (é provável, é provável... há formas assim de idiotia e incultura!) o significado de "aleivosias" e "estultamente", aqui lhe deixo um conselho:
PERGUNTE A UM(A) PROFESSOR(A)!
Eis uma boa maneira de se ficar menos estulto (a), menos idiota, menos inculto(a) e de, consequentemente, escrever menos (ou nenhumas, de preferência) aleivosias.
Tais como:
"E os jornalistas, por serem jornalistas não são supostos terem seguido trajectórias diversas de outras profissões enquanto estudam." (Anónimo dixit)
Pois, NÃO SÃO SUPOSTOS!:) EXCELENTE SINTAXE!
Verifico que também não terá seguido trajectórias diversas enquanto estudava (???)... e que, assim, não se aperceba destas particularidades e se empenhe em fazer a diferença.
Não há portanto muito para estranhar.
Pedro Barboso Pinto
Várias pessoas acham que esta rapaziada pergunta mas «não ouve» as respostas. provavelmente porque já nem interessa. Obedeceram ao mecanismo cerebral da pergunta, por idiota que seja, e seguem em frente.
Um constrangimento...
Li
Querida amiga. Só para te ver assim «ginete» quase que abençoo o anónimo que te fez saltar a tampa :))))))))))
beijinho grande... ou beijão pequenino, take a pick :)
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