segunda-feira, outubro 18, 2010

Terrorismo verbal, impunidade



Neste terrível "Falling Down" (um Dia de Fúria), de que este vídeo mostra a inesquecível cena do restaurante de "fast food", Michael Douglas acaba mal. Mas também, não tinha a comunicação social a fazer claque

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Já hoje ouvi Louçã vezes sem conta. Por qualquer razão que me escapa o homem tem microfone e câmara a toda a hora, mesmo que seja para proferir uma série de dislates acompanhados de uma verborreia própria de um terrorista, que hoje estaria a fazer bem melhor figura nas ruas de Paris a partir umas montras do que a exibir o seu aspecto engomado a chamar assaltantes aos banqueiros, a falar de roubalheiras e a fazer umas contas à maneira dele, segundo as quais os bancos meteram ao bolso milhares de milhões de Euros. Sem embargo da verdade que possa subjazer nestas afirmações, eu gostaria de conhecer os limites, se os há, de um deputado em fazer afirmações deste jaez. Porque se eu for à rádio ou à televisão acusar alguém de ser assaltante ou afirmar que alguém cometeu uma roubalheira, pode muito bem acontecer eu ser processado e não preciso sequer que se me dilatem as pupilas ou as veias do pescoço.

Este homem tem o condão de nos conseguir partidarizar a favor do que ou de quem esteja contra os seus cânones de julgamento. Tal o paroxismo que o invade e possui de cada vez que lhe metem um microfone à frente. Quanto à comunicação social, reconheço o factor não despiciendo de muitos dos seus jovens licenciados se terem formado num adequado caldo de cultura aos extremismos do Anacleto Louçã (um excelente professor de Economia, é dito com frequência, como se pretendesse justificar o seus desmandos) ou a convicção ideológica (por muito anquilosada que eu a julgue, mas quem sou eu para julgar jornalistas…) dos jornalistas menos jovens. Mas alguém lhes deveria ensinar alguma coisa e dar-lhes um curso intensivo de sentido da proporcionalidade. Para que não se esquecessem que o Bloco tem uma percentagem mínima de eleitores, muito, mas muito longe da importância que a comunicação social lhe concede.
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1 Comments:

At 7:19 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

a comparação é infeliz. No filme, M. Douglas tinha razões substantivas para o seu comportamento. Na vida real Louçã só tem motivos para andar satisfeito

 

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