terça-feira, agosto 10, 2010

Há dias assim


Gustav Klimt

[3855]

Em que o tempo pára e nos detemos observando a paz feita sorriso adormecido de uma mulher. Com um pouco de ousadia podemos mesmo esboçar uma carícia nos seus cabelos soltos e finos e perdermo-nos na imensidão do desconhecido, na vastidão contida no «soninho» de uma mulher feliz. São as alturas em que nada se diz porque nada é preciso dizer, nada se pensa porque pensar se torna adventício na beleza do momento e apenas nos detemos na contemplação da beleza do quadro, na beleza da mulher semi-adormecida, feliz, serena e ausente do mundo vulgar. Será uma forma de meditação, uma forma de sublimação de energia, será o que for, mas uma coisa é com certeza. Um momento de indizível beleza, serenidade, cumplicidade e muito gratificante. Observemos pois. E cuidado com a carícia para não a acordar. Há dias assim!

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