África, terra bruta
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Este Verão está bruto. Temperaturas elevadas, ventos, fogos, neblinas e poluição. De Portugal nada vem de novo, os fogos do costume e a descoordenação habitual, sempre que extinguir labaredas exige planeamento, ordem, respeito pelas hierarquias, organização, enfim. Todos mandam e ninguém sabe quem manda. O costume, de resto. Lá de fora, há que registar a situação em Moscovo, onde os russos estufam em 40 graus e respiram uma mistura de fumo e poeira. Voltando aqui ao pedaço. Tivemos, uma vez mais, um fenómeno irritante, qual seja o de África nos mandar toneladas de pó com o vento quente saariano e que se abate sobre nós por via duns pingos de chuva envergonhados, quentes, pastosos e castanhos. As ruas, casas e automóveis ficaram assim, este fim-de-semana, todos da mesma cor. Tudo amarelo, ocre, beije, cocó de menino, de resto uma cor adequada ao estado da nação. África, de vez em quando, vinga-se das tropelias a que os europeus a submeteram e resolve irritá-los com estas bizarrias. Borra-nos os carros, irrita-nos a paciência e faz-nos achar que África, realmente, é terra bruta. Que até à papaia lhe chamam de fruta! Chover lama! Onde já se viu…
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1 Comments:
uau! que fenomeno!!
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