terça-feira, setembro 08, 2009

Da acção desinfectante do oxigénio, ou do cretinismo militante


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As coisas vão começando a ficar patéticas e sem aparente remissão. O homem da Quercus hoje aconselha-nos vivamente a ter piscinas biológicas. E então é assim, para usar a expressão em uso na paróquia. Faz-se o buraco no chão. Enchemo-lo de água e depois «aquilo» vai-se enchendo de fetos, algas, plantas aquáticas diversas e até nenúfares sobre cujas folhas começarão a aparecer rãs e outros batráquios correlativos. Aí, as plantas emitem oxigénio que desinfecta a água (como sabemos o oxigénio é um poderoso desinfectante, as pessoas é que se lembraram do cloro, do hipoclorito de cálcio e outras esquisitices, em nome do lucro e do progresso e porque as pessoas são assim, são esquisitas, pronto) e, com sorte e a avaliar pelas imagens mostradas na televisão, nessas plantas poderão fácil, e ecologicamente emaranhar-se as pernas de crianças que inevitavelmente morrerão afogadas. Mas mesmo que não dêem com os cadáveres durante uns dias, a água continuará utilizável porque as plantas manterão a sua capacidade de produzir oxigénio e, consequentemente, desinfectar a água, evitando os maus cheiros.

O homem da Quercus não diz, mas presumo que os sapos chamarão cobras, mas sabe-se que, de um modo geral, as cobras de água não são venosas, metem um bocadinho de impressão, mas pouco mais. E venenosas, venenosas mesmo, só se for um casalito ou outro, coisa sem expressão Quanto a fungos e outros agentes de doenças de pele, a peça de televisão também é omissa mas presume-se que a acção desinfectante do oxigénio vai-se a ver e tem também uma acção fungicida. Assim sendo, tudo a fazer piscinas biológicas. Poupamos cloro, promovemos micro ecossistemas e até o pé de atleta deve estar preservado, penso que o oxigénio libertado pelas plantas dá para tudo, micoses incluídas. Com jeitinho e alguns ajustes poderemos até, um dia, quem sabe, substituir as estações de tratamento de água dos grande centros por piscinas naturais. Nestes casos, ate poupamos o sulfato de alumínio para além do cloro. Arriscamo-nos a ter de engolir, aqui e ali, um sapo ou outro, mas hoje em dia quem é que não engole sapos?


Adenda: Lembrei-me que há quem viva em climas tropicais. Nesses casos, há esperança que o ecossistema venha a incluir o caracolinho da bilharzíase. Fica a piscininha ecologicamente completa.

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13 Comments:

At 11:00 da manhã, Blogger Dulce Braga disse...

ES...PE...TA...CU...LAR !!!!! (peço que não leia ou interprete as silabas separadamente :))...)
Eu bem tenho alertado lá em casa, mas não me escutam qdo lhes digo que gastam cloro desnecessáriamente na piscina.

 
At 11:28 da manhã, Anonymous IL disse...

"O homem da Quercus não diz, mas presumo que os sapos chamarão cobras..."
As cobras comem sapos????

 
At 12:00 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Só faltam as sanguessugas que servem como todos sabemos para tratar a psoríase... :))

 
At 7:43 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

lindo
margaridacf

 
At 7:44 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

acrescento, aliás, que nunca mais vou mudar de canal quando me aparecer o homenzinho ecológico..
mcf

 
At 10:36 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

Dulce Braga
Sou bem mandado. Li tudo de seguida :))

 
At 10:37 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

IL
Comem, claro, mas acho que está em segredo. Não digas nada :)

 
At 10:38 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

Paulo Abreu e Lima

Essa passou-me. E faltam os "alfaiates" também, que me fascinavam quando eu era miúdo e os via a caminhar na superfíe das águas.

 
At 10:40 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

margaridacf
O home é ecologicamente insuportável. Só o oiço quando calha ainda estar na cama e demasiado sonolento para procurar o controle :)

 
At 11:25 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

De facto se a ignorância matasse este país ficava sem uma quantas pessoas de direita.

Piscinas Biológicas existem, e são bem mais saudáveis que as tradicionais de cloro.

Fique a saber que as pessoas tomam banho nas piscinas biológicas numa área à parte da zona das plantas e girinos que sim, realmente desinfectam, apesar de a água circular por ambas as áreas para a sua limpeza.

Nota: eu nem ligo muito à Quercus, mas a ignorância, essa confesso faz-me alguma espécie...

Continuem lá a por químicos nas vossas piscinas, porque o cloro, isso sim! químicos de qualidade e saudáveis!

 
At 7:28 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

Anónimo

De facto se a ignorância matasse este país ficava sem uma quantas pessoas de direita.
E o país fica mais ecológico, politica e bacteriologicamente puro! Paciência, os anónimos lá terão de conviver com a direita estúpida e bronca que não é capaz de encontrar propriedades antibacterianas no oxigénio.
Já agora, se em vez da raiva à direita, o anónimo percebesse melhor o texto do meu modesto post, entenderia que ninguém é contra os meios naturais, apesar dos riscos evidentes de se tomar banho em lagoas. Quanto a piscinas naturais propriamente ditas, eu não conheço bem o assunto, mas de uma coisa estou certo. Não será possível manter meios aquáticos povoados de espécies vegetatis sem adequdaos tratamentos. Químicos, já se vê. Quanto aos girinos... abstenho-me, não vislumbro as vantagens dos batráquios nas picinas (comer insectos?) mas não vou entrar em campos que conheço mal. Mas confesso que não me excita por aí além banhar-me em piscinas infestadas de girinos.

Já gora. O comentador anónimo e, presumo, da esquerda inteligente e tolerante com a direita estúpida apologista dos desinfectantes químicos tem alguma solução ecológica para o tratamento das águas destinadas ao consumo?

 
At 5:49 da tarde, Anonymous André disse...

Parece que isto das piscinas biológicas não será para a esquerda inteligente... a € 120/m2 é mais para a esquerda rica.

 
At 7:28 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

André
Não contando com o valor das rãs...
:)

 

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