Uma breve reflexão sobre cidadania
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Causa-me alguma impressão o prurido nacional que grassa aí pelo mundo da bola, relativamente à nacionalidade concedida ao jogador Liedson. Na rádio e na televisão multiplicam-se as considerações nacionalistas sobre a necessária preservação da nossa identidade na arte do pontapé na bola. Com mais ou menos empenho, tenho assistido a verdadeiras peças de retórica que, se usadas noutros sectores da nossa sociedade, seriam, no mínimo, apelidadas de racistas e xenófobas. Já no futebol, é diferente. O futebolista luso tem características inatas que importa preservar, segundo os nossos especialistas do ramo.
Ocorre-me que a salvaguarda dos valores nacionais, culturais, éticos, étnicos, tradicionais e outros que enformam o que se entende pela cultura de um povo deve estar a cargo de quem tem em mãos o poder de legislar sobre a matéria. Por outro lado, uma sociedade onde os valores essenciais de um povo são rigorosamente preservados cabendo aos imigrados integrarem-se nesses valores, conduzirá a que quem quer que seja que peça a nacionalidade portuguesa se sinta legitimamente português e não um permanente estrangeiro, que obteve a nacionalidade meramente para fins de legalização da sua situação. Por isso é que os americanos são americanos, independentemente das suas diferentes raízes. Da Irlanda ao México, do Quénia a Portugal. Já em Portugal, diria que na Europa em geral, o que continuamos a ter é muitos grupos de diversas origens que, não as ajustando no essencial aos valores do país que resolveram eleger como o seu, vão contribuindo alegremente para o fetiche corrente da esquerda modernaça e que dá pelo nome de multiculturalismo. Em desfavor da desejável integração.
Liedson é português. Legalmente preencheu os requisitos necessários a que lhe fosse concedida a nacionalidade. Se é português não vejo a razão para todos estes bruááás em relação á sua chamada à selecção nacional. Se alguma coisa está mal, discutam-na em sede própria. Mas não o venham fazer agora da forma que o fazem. Para não falar na distinta possibilidade de o homem se sentir tão condicionado com a situação que acabe por não conseguir marcar nem um dos golos que os outros jogadores, que já lá estavam, não conseguiram marcar até aqui.
Causa-me alguma impressão o prurido nacional que grassa aí pelo mundo da bola, relativamente à nacionalidade concedida ao jogador Liedson. Na rádio e na televisão multiplicam-se as considerações nacionalistas sobre a necessária preservação da nossa identidade na arte do pontapé na bola. Com mais ou menos empenho, tenho assistido a verdadeiras peças de retórica que, se usadas noutros sectores da nossa sociedade, seriam, no mínimo, apelidadas de racistas e xenófobas. Já no futebol, é diferente. O futebolista luso tem características inatas que importa preservar, segundo os nossos especialistas do ramo.
Ocorre-me que a salvaguarda dos valores nacionais, culturais, éticos, étnicos, tradicionais e outros que enformam o que se entende pela cultura de um povo deve estar a cargo de quem tem em mãos o poder de legislar sobre a matéria. Por outro lado, uma sociedade onde os valores essenciais de um povo são rigorosamente preservados cabendo aos imigrados integrarem-se nesses valores, conduzirá a que quem quer que seja que peça a nacionalidade portuguesa se sinta legitimamente português e não um permanente estrangeiro, que obteve a nacionalidade meramente para fins de legalização da sua situação. Por isso é que os americanos são americanos, independentemente das suas diferentes raízes. Da Irlanda ao México, do Quénia a Portugal. Já em Portugal, diria que na Europa em geral, o que continuamos a ter é muitos grupos de diversas origens que, não as ajustando no essencial aos valores do país que resolveram eleger como o seu, vão contribuindo alegremente para o fetiche corrente da esquerda modernaça e que dá pelo nome de multiculturalismo. Em desfavor da desejável integração.
Liedson é português. Legalmente preencheu os requisitos necessários a que lhe fosse concedida a nacionalidade. Se é português não vejo a razão para todos estes bruááás em relação á sua chamada à selecção nacional. Se alguma coisa está mal, discutam-na em sede própria. Mas não o venham fazer agora da forma que o fazem. Para não falar na distinta possibilidade de o homem se sentir tão condicionado com a situação que acabe por não conseguir marcar nem um dos golos que os outros jogadores, que já lá estavam, não conseguiram marcar até aqui.
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Etiquetas: Portugal, Portugal moderno, portugueses normalizados
2 Comments:
Nada como acolher na selecção um "estrangeiro" de cada clube para amenizar os ânimos.
Cristina
Do Porto tinham que ser dois ou três...
:)
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