Sua Liderança Sereníssima
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Quem lida comigo sabe que desenvolvi uma síndrome aguda de intolerância ao Grande Líder. Logo eu, que faço da tolerância o meu middle name e sou um devoto incondicional do diálogo e dos consensos. Mas Sócrates esticou demais a corda que me regula as tripas e o resultado foi esta intolerância, de que me penitencio em nome dos cânones da democracia e boa educação, mas à qual não consigo fugir.
Dito isto, entende-se que não tenha visto a entrevista do Grande Líder a Judite de Sousa. E quando eu pensava ter passado ao lado de mais um factor de ansiedade, percebo que não tenho como escapar a ver pelo menos excertos da referida entrevista. Comecei logo por ver a conversa de Mário Crespo com Medina Carreira na qual, inevitavelmente se passaram os tais excertos. E depois, a claque que já apelidei de claque psitacídea encarregou-se de me impedir de ignorar a entrevista.
Do que vi, percebi que a conceder um cognome ao meu primeiro-ministro esse deveria ser Sócrates, o Sereno. O homem revolve as vísceras, os olhinhos chispam, as narinas fremem, as mãos entrelaçam-se, as cordas vocais entrechocam umas semi-colcheias atrevidas mas o resultado é mais ou menos conseguido. Sócrates, sereno, Grande Líder Sereníssimo, está ali para durar até ganhar as eleições. Se ganhar, como espero que não, o animal feroz regressa. Dedo no ar e garganta solta passará à sua arrogância natural. Ou melhor, agravada, porque se ele ganha as eleições quem é que consegue aturar este homem?
Quem lida comigo sabe que desenvolvi uma síndrome aguda de intolerância ao Grande Líder. Logo eu, que faço da tolerância o meu middle name e sou um devoto incondicional do diálogo e dos consensos. Mas Sócrates esticou demais a corda que me regula as tripas e o resultado foi esta intolerância, de que me penitencio em nome dos cânones da democracia e boa educação, mas à qual não consigo fugir.
Dito isto, entende-se que não tenha visto a entrevista do Grande Líder a Judite de Sousa. E quando eu pensava ter passado ao lado de mais um factor de ansiedade, percebo que não tenho como escapar a ver pelo menos excertos da referida entrevista. Comecei logo por ver a conversa de Mário Crespo com Medina Carreira na qual, inevitavelmente se passaram os tais excertos. E depois, a claque que já apelidei de claque psitacídea encarregou-se de me impedir de ignorar a entrevista.
Do que vi, percebi que a conceder um cognome ao meu primeiro-ministro esse deveria ser Sócrates, o Sereno. O homem revolve as vísceras, os olhinhos chispam, as narinas fremem, as mãos entrelaçam-se, as cordas vocais entrechocam umas semi-colcheias atrevidas mas o resultado é mais ou menos conseguido. Sócrates, sereno, Grande Líder Sereníssimo, está ali para durar até ganhar as eleições. Se ganhar, como espero que não, o animal feroz regressa. Dedo no ar e garganta solta passará à sua arrogância natural. Ou melhor, agravada, porque se ele ganha as eleições quem é que consegue aturar este homem?
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Etiquetas: a mim já nada me espanta, Sócrates
4 Comments:
e eles andem aí, o pacóvio de mão dada ao mãozinhas e por sua vez ao tiramissu e todos quase que manietados numa massa informe e achocolatada
Luis Inácio um seu Servo Agente Servidor perto de si ao seu dispor longe de si um Estupor
... 10 anos antes do fim do portugal dos pequeninos e dos mais granditos
Sua Liderança Sereníssima quase Eminencíssima e Hi-Tech/Tachissima non Horribilissima (Nós O PêÈssissima oh yeah)
Éna éna o abruptalhado também anda por aqui como link mas o 31 ainda não.Há que resistir senão ainda nos levam a haste e deixa-nos a bandeira
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