Altas cilindradas
Fiat Abarth de baixa clindrada (1400 cc)
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Sempre me irritou a designação «alta cilindrada». É uma expressão errada para o efeito que se pretende, na justa medida em que há carros de alto cilindrada que são verdadeiras pasteleiras e, ao contrário, há carros de cilindrada baixa ou média que são autênticas bombas.
Mas a expressão «alta cilindrada» tem impacto. O impacto que se pretende junto da mole bovina em que nos vamos tornando à força de sermos martelados com a retórica que nos é imposta – no caso, a associação da alta cilindrada aos ricos e poderosos que é, no fundo, o que se pretende, embora muitos (a maioria) dos que escrevem ou palram num microfone conduzam carro de razoável cilindrada. Se não for mesmo alta.
No caso desta corrida idiota que António Costa insiste em manter como imagem de marca, a pergunta é: - Do Campo Grande ao Rossio qual é a diferença entre um carro de alta cilindrada e um de baixa cilindrada? Nenhuma, de facto. Mas, correcção oblige, o efeito pretendido está embutido na expressão alta cilindrada. Coisa desprezível, obra do demo que veio ao mundo para nos tornar em matéria consumível do consumismo e do capitalismo desenfreado, até acabarmos na massa putrefacta que, eventualmente e por ironia, irá dar origem, muitos séculos depois, ao petróleo que serve para mover os carros de alta cilindrada.
Enfim. Alta cilindrada be it. Mas se a hipocrisia e a patetice deste tipo de iniciativas se medisse em centímetros cúbicos, estaríamos em presença de uma altíssima cilindrada de idiotia.
Nota: Esta pérola, mencionada neste post, fazia o deleite da rapaziada da velocidade. Tinha 2 ou quatro carburadores, conforme fosse TT ou TTS e tinha, sentem-se, 1000 c.c. para o TTS e 1200 c.c. para o TT. Um baixa cilindrada que atingia os 100 km/hora em 8 s.
Sempre me irritou a designação «alta cilindrada». É uma expressão errada para o efeito que se pretende, na justa medida em que há carros de alto cilindrada que são verdadeiras pasteleiras e, ao contrário, há carros de cilindrada baixa ou média que são autênticas bombas.
Mas a expressão «alta cilindrada» tem impacto. O impacto que se pretende junto da mole bovina em que nos vamos tornando à força de sermos martelados com a retórica que nos é imposta – no caso, a associação da alta cilindrada aos ricos e poderosos que é, no fundo, o que se pretende, embora muitos (a maioria) dos que escrevem ou palram num microfone conduzam carro de razoável cilindrada. Se não for mesmo alta.
No caso desta corrida idiota que António Costa insiste em manter como imagem de marca, a pergunta é: - Do Campo Grande ao Rossio qual é a diferença entre um carro de alta cilindrada e um de baixa cilindrada? Nenhuma, de facto. Mas, correcção oblige, o efeito pretendido está embutido na expressão alta cilindrada. Coisa desprezível, obra do demo que veio ao mundo para nos tornar em matéria consumível do consumismo e do capitalismo desenfreado, até acabarmos na massa putrefacta que, eventualmente e por ironia, irá dar origem, muitos séculos depois, ao petróleo que serve para mover os carros de alta cilindrada.
Enfim. Alta cilindrada be it. Mas se a hipocrisia e a patetice deste tipo de iniciativas se medisse em centímetros cúbicos, estaríamos em presença de uma altíssima cilindrada de idiotia.
Nota: Esta pérola, mencionada neste post, fazia o deleite da rapaziada da velocidade. Tinha 2 ou quatro carburadores, conforme fosse TT ou TTS e tinha, sentem-se, 1000 c.c. para o TTS e 1200 c.c. para o TT. Um baixa cilindrada que atingia os 100 km/hora em 8 s.
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Etiquetas: alta cilindrada, idiotia
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