quarta-feira, agosto 26, 2009

Internacionalistas


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A vinda recente de uns quantos médicos para Portugal e a sua respectiva mediatização deu-me que pensar.

- Estas missões internacionalistas ainda dão direito a pontos, tipo BP ou Galp, mediante os quais os «voluntários» têm direito a um par de torradeiras quanto voltam a casa?

- Os médicos em questão têm as qualificações necessárias? Ou são os conhecidos eternos finalistas de medicina que Fidel não deixa acabar o curso para evitar que eles debandem do paraíso do comandante, tal como fazia, aliás com os advogados?

- Mesmo não sendo contas do nosso rosário, os salários são pagos aos interessados? Ou são pagos ao governo cubano através de protocolos adequados mediante os quais os internacionalistas apenas recebem um subsídio local estritamente de acordo com as suas necessidades básicas?

Mesmo dando de barato que Cuba e Venezuela são, hoje por hoje, um fetiche da esquerda intelectual portuguesa (entenda-se aquela que acha que se pode e deve criticar os regimes de Chavez e Castro mas que encontra sempre um fundo «humanista» nas barbaridades de cada um deles), gostava de ter respostas a estas minhas dívidas. Para além de me explicarem a diferença entre o escarcéu habitual com a vinda de médicos vizinhos espanhóis e a solene mediatização concedida aos «internacionalistas» cubanos.

Nota: Esta nota nada tem a ver com os médicos em si, como pessoas. Conheci situações semelhantes com outras profissões, como a de pilotos de pulverizações aéreas, por exemplo, onde encontrei e acabei por fazer amigos, na convicção pueril de que o mundo era assim (subsídio local, salário para o partido, pontos para a torradeira, etc.). Nesse grupo de amigos descontava os bufos, naturalmente sempre incluídos nos «grupos de trabalho» para manterem os niños na ordem e evitar que se rendessem aos pecados do capitalismo e se «esquecessem» de apanhar o avião de volta.

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2 Comments:

At 11:22 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Questões muito pertinentes que toda a gente gostava de saber. Vou investigar...

 
At 3:10 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

Paulo Abreu e Lima
Na década de oitenta ainda era assim. Agora..não sei. Cansei-me de me incomodar com os paraísos na Terra :)))

 

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