Os tiros bons e os tiros maus. Ou o cu e as calças do problema
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Quando se fala de polícias e ladrões e, consequentemente, nos tiros de cada um, que é como quem diz os «tiros bons» e os «tiros maus», costumo dizer que já dei para este peditório. De um lado acha-se que esperar e exigir da polícia mais firmeza na contenção dos meliantes, com o recurso a armas de fogo se for caso disso, remete para a nostalgia de um hipotético estado policial em que os meliantes devem levar um tiro nos miolos se espirrarem durante um interrogatório. Ou meterem o dedo no nariz. Do outro, advoga-se a garantia de que qualquer energúmeno, a canalha por assim dizer, pode paulatinamente agredir, roubar ou, até, se a vítima for muito incómoda ou recalcitrante, dar-lhe um tiro. Porque é pobre, porque é excluído, porque é preto, porque está frio, porque fomos negociantes de escravos, porque as autarquias não mandam arranjar as redes das balizas dos campos de jogos dos chamados bairros problemáticos ou por outras incidências bem conhecidas (e usadas) pelos defensores do homem novo que deverá ter a capacidade de uma hermenêutica pericial que lhe permita avaliar todos os cenários de cada vez que se leve um tiro. De um ou do outro lado.
Disse que já dei para este peditório mas a verdade é que cada vez que um polícia dá ou leva um tiro, as claques regurgitam o verbo adequado à situação. Como se faz aqui e onde não se perde pitada de tudo o que aconteça para se vincar bem a tese de que sim, no fundo, no fundo, os culpados são sempre a polícia ou quem acha que a polícia deve agir com mais firmeza e com mais tiros, sem estarem sujeitos ao escrutínio posterior dos burocratas do costume. No cu e nas calças da Fernanda, salvo seja, encontramos de novo e sempre esta forma enviesada de analisar o assunto. A autora diverte-se imenso a explanar as suas teorias e a vituperar tudo o que cheire a qualquer atitude que possa lembrar ou conduzir ao tal estado securitário que a direita tanto emula (pensa ela).
Quando se fala de polícias e ladrões e, consequentemente, nos tiros de cada um, que é como quem diz os «tiros bons» e os «tiros maus», costumo dizer que já dei para este peditório. De um lado acha-se que esperar e exigir da polícia mais firmeza na contenção dos meliantes, com o recurso a armas de fogo se for caso disso, remete para a nostalgia de um hipotético estado policial em que os meliantes devem levar um tiro nos miolos se espirrarem durante um interrogatório. Ou meterem o dedo no nariz. Do outro, advoga-se a garantia de que qualquer energúmeno, a canalha por assim dizer, pode paulatinamente agredir, roubar ou, até, se a vítima for muito incómoda ou recalcitrante, dar-lhe um tiro. Porque é pobre, porque é excluído, porque é preto, porque está frio, porque fomos negociantes de escravos, porque as autarquias não mandam arranjar as redes das balizas dos campos de jogos dos chamados bairros problemáticos ou por outras incidências bem conhecidas (e usadas) pelos defensores do homem novo que deverá ter a capacidade de uma hermenêutica pericial que lhe permita avaliar todos os cenários de cada vez que se leve um tiro. De um ou do outro lado.
Disse que já dei para este peditório mas a verdade é que cada vez que um polícia dá ou leva um tiro, as claques regurgitam o verbo adequado à situação. Como se faz aqui e onde não se perde pitada de tudo o que aconteça para se vincar bem a tese de que sim, no fundo, no fundo, os culpados são sempre a polícia ou quem acha que a polícia deve agir com mais firmeza e com mais tiros, sem estarem sujeitos ao escrutínio posterior dos burocratas do costume. No cu e nas calças da Fernanda, salvo seja, encontramos de novo e sempre esta forma enviesada de analisar o assunto. A autora diverte-se imenso a explanar as suas teorias e a vituperar tudo o que cheire a qualquer atitude que possa lembrar ou conduzir ao tal estado securitário que a direita tanto emula (pensa ela).
Por estas e por outras, e no meu sinceramente modesto entendimento, é que cada vez há mais tiros nos polícias, a juventude se afoga numa iliteracia deprimente e as prisões se arriscam a ser convertidas em turismo de habitação. E se me perguntarem, ao falar na educação e na justiça, o que é o cu tem a ver com as calças eu diria que sim, que tem. Tem tudo. E que a solução estaria mesmo na firmeza com que na maioria das situações analisadas pela Fernanda, se baixasse as calças a muita gente e se lhes aplicasse um bom par de açoites.
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Etiquetas: bloggers, polícias e ladrões
1 Comments:
aquilo meteu claques. Dá para tudo.
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