Becagueine
[3240]
Regressado a casa, depois de uma viagem de trabalho um pouco mais longa do que o previsto, o pormenor que mais me despertou do torpor morno da tropicalidade foi a mudança brusca dos noticiários. Das notícias de televisão de extracção francesa, reconhecidamente sóbrias, abrangentes e interessantes passei à metralha incessante da intriga nacional á volta de patetices e manifestações de insuportável e pueril saloiice. É triste mas é verdade. Talvez este meu desabafo tenha a ver com o acto de Louçã ter sido o primeiro político (????) que ouvi, perorando sobre os desígnios inelutáveis do Bloco na luta contra as prrrrrrráticas parrrrrrrrrrrrrasitárrrrias deste goverrrrrrrrrrrrrrno ( e confesso que nem me lembro já do tema, só me lembro da figura patética de Louçã, olhos a saltar das órbitas e língua a estralejar os erres do costume chamando parasita ao governo).
É uma sensação estranha, este regresso àquilo que me parece uma acabada impossibilidade de escaparmos ao fado da pequenez (o tal Portugal dos Pequeninos), quando a única coisa que parece restar dos desejáveis engenho, dedicação e sentido de serviço público é esta patética forma de nos enlearmos nas tricas domésticas, à revelia dos acontecimentos que verdadeiramente deveriam interessar os portugueses, quer do ponto de vista de andarem bem informados como, sobretudo, preparados, para nos perfilarmos junto dos nossos parceiros na análise e na solução das grandes questões internacionais.
Regressado a casa, depois de uma viagem de trabalho um pouco mais longa do que o previsto, o pormenor que mais me despertou do torpor morno da tropicalidade foi a mudança brusca dos noticiários. Das notícias de televisão de extracção francesa, reconhecidamente sóbrias, abrangentes e interessantes passei à metralha incessante da intriga nacional á volta de patetices e manifestações de insuportável e pueril saloiice. É triste mas é verdade. Talvez este meu desabafo tenha a ver com o acto de Louçã ter sido o primeiro político (????) que ouvi, perorando sobre os desígnios inelutáveis do Bloco na luta contra as prrrrrrráticas parrrrrrrrrrrrrasitárrrrias deste goverrrrrrrrrrrrrrno ( e confesso que nem me lembro já do tema, só me lembro da figura patética de Louçã, olhos a saltar das órbitas e língua a estralejar os erres do costume chamando parasita ao governo).
É uma sensação estranha, este regresso àquilo que me parece uma acabada impossibilidade de escaparmos ao fado da pequenez (o tal Portugal dos Pequeninos), quando a única coisa que parece restar dos desejáveis engenho, dedicação e sentido de serviço público é esta patética forma de nos enlearmos nas tricas domésticas, à revelia dos acontecimentos que verdadeiramente deveriam interessar os portugueses, quer do ponto de vista de andarem bem informados como, sobretudo, preparados, para nos perfilarmos junto dos nossos parceiros na análise e na solução das grandes questões internacionais.
.
Etiquetas: Ai Portugal, Francisco Anacleto
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home