Saiam-me de cima
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A pulsão nacional, que disso se trata, de um punhado de preclaras personalidades socialistas acordarem todos os dias preocupadas com o meu bem-estar começa a tornar-se semelhante a uma ataque de sarna. Agora é o sal. Acham que ando a comer sal de mais e, para já, lembraram-se do pão. Que tem uns gramas a mais. E se nos eriçamos com o desvelo destes burocratas idiotas, atiram-nos à cara com as despesas em que incorremos nos hospitais a tratar de enfartes de miocárdio.
Como não é crível que esta fauna deixe de se meter na vida das pessoas tão cedo, logo, na minha própria, receio que um dia destes acordem a pensar noutras privacidades das pessoas que, por muito estimáveis que sejam, nunca se sabe quando nos poderão prejudicar a saúde. O sexo, por exemplo, é um amplo campo de experiência. “Quecar” quando? Onde? Como? Uma vez por dia, todas as semanas, todos os meses. Aonde? Na cama? E uma queca fortuita na mesa da cozinha? Não poderá provocar uma hérnia discal? Não dá cãibras? E no elevador? Um orgasmo de pé será saudável consoante o elevador esteja a descer ou a subir? E na cama, depois do pequeno almoço, lambuzados de compota de morango ou geleia de groselhas? Não provocará alguma reacção alérgica? Proponho estudos aturados. Já. Invista-se em mesas de cozinha, elevadores, compotas, com putas e outros cenários para que se conclua e decida sobre a forma correcta e mais saudável de se praticar o coito. Que o diabo tece-as e nunca se sabe quando acabamos num banco de urgência com um esgotamento por excesso de sexo ou, ainda, na consulta externa de psiquiatria a fazer estudos sobre sexo, exactamente por falta dele. Entretanto, saiam-me de cima e deixem-me morrer salgado.
A pulsão nacional, que disso se trata, de um punhado de preclaras personalidades socialistas acordarem todos os dias preocupadas com o meu bem-estar começa a tornar-se semelhante a uma ataque de sarna. Agora é o sal. Acham que ando a comer sal de mais e, para já, lembraram-se do pão. Que tem uns gramas a mais. E se nos eriçamos com o desvelo destes burocratas idiotas, atiram-nos à cara com as despesas em que incorremos nos hospitais a tratar de enfartes de miocárdio.
Como não é crível que esta fauna deixe de se meter na vida das pessoas tão cedo, logo, na minha própria, receio que um dia destes acordem a pensar noutras privacidades das pessoas que, por muito estimáveis que sejam, nunca se sabe quando nos poderão prejudicar a saúde. O sexo, por exemplo, é um amplo campo de experiência. “Quecar” quando? Onde? Como? Uma vez por dia, todas as semanas, todos os meses. Aonde? Na cama? E uma queca fortuita na mesa da cozinha? Não poderá provocar uma hérnia discal? Não dá cãibras? E no elevador? Um orgasmo de pé será saudável consoante o elevador esteja a descer ou a subir? E na cama, depois do pequeno almoço, lambuzados de compota de morango ou geleia de groselhas? Não provocará alguma reacção alérgica? Proponho estudos aturados. Já. Invista-se em mesas de cozinha, elevadores, compotas, com putas e outros cenários para que se conclua e decida sobre a forma correcta e mais saudável de se praticar o coito. Que o diabo tece-as e nunca se sabe quando acabamos num banco de urgência com um esgotamento por excesso de sexo ou, ainda, na consulta externa de psiquiatria a fazer estudos sobre sexo, exactamente por falta dele. Entretanto, saiam-me de cima e deixem-me morrer salgado.
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Etiquetas: salazar, socialismos
11 Comments:
Delicia... começar meu dia gargalhando com o seu texto! Não me surripiem o livre arbítrio de preferir a alergia a deixar de usar a geléia ?? ;))))
Bjs
Dulce/br
Estude-se o efeito alérgico das compotas. Já a seguir
:D
Estes idiotas da normalização, já não há quem os ature. Depois vêm com a treta das directivas europeias, passamos a fronteira e "no pasa nada".
DEVERES DOS DOENTES
1. O doente tem o dever de zelar pelo seu estado de saúde. Isto significa que deve procurar garantir o mais completo restabelecimento e também participar na promoção da própria saúde e da comunidade em que vive.
in Carta dos direitos e deveres dos doentes.
O Estado por seu lado tem a obrigação de que isso possa ser cumprido.Por acaso ,sabem que as doenças cárdio-vasculares são a principal causa de morte neste País, e o sal enquanto factor decisivo para a hipertensão é , senão o 1º um dos primeiros factores negativos? Pois é, mas é verdade.
O primeiro fator negativo, com certeza é levar uma vida sem sal e conviver com gente sem sal !
Dulce/br
Dulce/br
Que nunca ns cerceiem o livre arbítrio de nos lambuzarmos em geleia...
:))))
E estou contigo. Detesto gente sem sal
IL
Estude-se. Com aulas práticas
:))))
António de Almeida
Infelizmente não é só uma chaga nacional. Os mesmos idiotas pululam em Bruxelas.
Né
reconheço a minha ignorância sobre o facto de existir uma rerlação de deveres dos doentes... estamos sempre a aprender.
A sua observação vem directamete ao encontro daquilo que mais receio. Que se exorbite na consecução de "deveres", a maior parte das vezes estruturando-a em mentalidades politicamente correctas que de deveres pouco sabe.
Fui conhecer o seu blog. Pareceu-me um blog agradável e com muito sal...
:)
Ó espumante... na mesa da cozinha?! E a ASAE? Com compota? Eh! pá isso não fica muito peganhento? Também não o compreendo quando pede para lhe saírem de cima? È problenma de coluna, ou apenas não gosta da posição?
Viva a quecada sem barreiras.
Teófilo M.
É um problemas de falta de ... isso e de pachorra e para estes gajos.
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