A crítica fácil
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Apartando o folclore dos "furiosos" que vão efectuando as suas pantominas pelas capitais europeias, como ainda ontem se viu em Roma, Paris e Barcelona, em que turbas mais ou menos possessas ganham o seu momento de fama, tenho de admitir que há gente estimável verdadeiramente consciencializada sobre o destino cruel de se ter nascido palestiniano. Os palestinianos têm, naturalmente, mulheres, crianças e velhos que devem gostar tanto dos Hamas, Hezbollas e Fatahs como eu gostava de óleo de fígado de bacalhau – qualquer coisa que eu sabia detestável, mas sobre a qual tinha uma vaga ideia de que fazia muito bem, quanto mais não seja porque o meu pai mo dizia.
Também aceito a opinião de gente séria e genuinamente condoída pela sorte das inúmeras baixas inocentes decorrentes das acções israelitas. Ainda hoje li no Portugal dos Pequeninos, entre várias outras alusões do próprio João Gonçalves noutros posts, referências a outros bloggers em que a simpatia pelos destinos dos palestinianos e a repulsa pelas acções punitivas dos israelitas eram bem patentes. Uma dessas referências, do Dragoscópio, rezava que “…é tudo "espécie cinegética autorizada". Sejam quantos forem, o que sei, de propaganda certa, é que se dividem em duas categorias gerais e totalistas: os que têm um terrorista do Hamas oculto dentro deles; e os que têm um terrorista do Hamas escondido atrás deles. É por isso que, piedosa, cirúrgica e justiceiramente, vão ter que ser todos abatidos..." . Se no essencial até sou capaz de concordar com o que o Dragoscópio escreveu, a pergunta que deixo, simples, é: mas então, fazer o quê? Deixar que os dois terroristas, o que existe dentro deles e o que atrás deles se esconde, pura e simplesmente os exterminem?
Dispenso-me de fazer outras considerações sobre a consabida estratégia iraniana de exterminar os judeus, porque Alá o disse, usando os palestinianos, presa fácil, aliás, dessa mesma estratégia, por força do populismo dos objectivos pregados. Mas não seria, por isso mesmo, mais razoável acusar e isolar o Irão (à força se necessário fosse) pela desgraça do povo palestiniano do que manter esta insuportável hipocrisia de acusar os israelitas de matar só por não quererem morrer às mãos de bandos de fanáticos criminosos?
Apartando o folclore dos "furiosos" que vão efectuando as suas pantominas pelas capitais europeias, como ainda ontem se viu em Roma, Paris e Barcelona, em que turbas mais ou menos possessas ganham o seu momento de fama, tenho de admitir que há gente estimável verdadeiramente consciencializada sobre o destino cruel de se ter nascido palestiniano. Os palestinianos têm, naturalmente, mulheres, crianças e velhos que devem gostar tanto dos Hamas, Hezbollas e Fatahs como eu gostava de óleo de fígado de bacalhau – qualquer coisa que eu sabia detestável, mas sobre a qual tinha uma vaga ideia de que fazia muito bem, quanto mais não seja porque o meu pai mo dizia.
Também aceito a opinião de gente séria e genuinamente condoída pela sorte das inúmeras baixas inocentes decorrentes das acções israelitas. Ainda hoje li no Portugal dos Pequeninos, entre várias outras alusões do próprio João Gonçalves noutros posts, referências a outros bloggers em que a simpatia pelos destinos dos palestinianos e a repulsa pelas acções punitivas dos israelitas eram bem patentes. Uma dessas referências, do Dragoscópio, rezava que “…é tudo "espécie cinegética autorizada". Sejam quantos forem, o que sei, de propaganda certa, é que se dividem em duas categorias gerais e totalistas: os que têm um terrorista do Hamas oculto dentro deles; e os que têm um terrorista do Hamas escondido atrás deles. É por isso que, piedosa, cirúrgica e justiceiramente, vão ter que ser todos abatidos..." . Se no essencial até sou capaz de concordar com o que o Dragoscópio escreveu, a pergunta que deixo, simples, é: mas então, fazer o quê? Deixar que os dois terroristas, o que existe dentro deles e o que atrás deles se esconde, pura e simplesmente os exterminem?
Dispenso-me de fazer outras considerações sobre a consabida estratégia iraniana de exterminar os judeus, porque Alá o disse, usando os palestinianos, presa fácil, aliás, dessa mesma estratégia, por força do populismo dos objectivos pregados. Mas não seria, por isso mesmo, mais razoável acusar e isolar o Irão (à força se necessário fosse) pela desgraça do povo palestiniano do que manter esta insuportável hipocrisia de acusar os israelitas de matar só por não quererem morrer às mãos de bandos de fanáticos criminosos?
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Etiquetas: Gaza, médio-oriente
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