Já não há pachorra

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Mário Nogueira e Rui Santos são, hoje por hoje, duas das criaturas que suporto com menos tolerância. Se um só me aparece uma vez por semana e vou sempre a tempo de mudar de canal, Rui Santos, já o outro, é um caso perdido. Está em tudo, está em todas, é verdadeiramente a versão terrena da omnipresença e não sei bem como fugir. Mesmo com a televisão desligada (e era o que me faltava era que eu deixasse de ouvir notícias por causa de Mário Nogueira) acontece sempre qualquer coisa que tenha a ver com ele, nem que seja um telefonema a perguntar se as criancinhas vão à escola, porque o Mário Nogueira disse que havia greve.

A coisa começa a ser grave. O homem já deve ter ultrapassado em popularidade o Carvalho da Silva, o que é que ele quer mais? E porque é que as televisões me inquinam o ambiente com figuras deste jaez em regime contínuo? O que é que eu fiz para merecer tal sorte?

O homem está a exceder-se. Já hoje berrou não sei quantas vezes que a greve teve ou vai ter, já nem sei bem, mais de 90% de aderência. E que se não tiver… adivinhem… a luta continua. E di-lo de uma maneira e com um cenho que se eu fosse professor tinha medo de não aderir. Vão por mim…

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