Uff! Estou bem mais descansado
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As notícias da manhã vão possibilitar-me uma viagem mais tranquila para o trabalho, após o esclarecimento de algumas questões que me causavam algum desconforto. Assim:
- Quando eu pensava que a Entidade Reguladora ia encontrar uma data de faxes a “cartelizar” os combustíveis, protocolos, actas de reuniões, assinaturas reconhecidas “na qualidade de”, tudo no sentido que as aparências indicavam, ou, ainda, gravações de telefonemas a combinar “as subidas e as subidas” dos preços dos combustíveis, eis que a eficiência dos nossos rapazes dos controles descobriram, e o nosso ministro confirmou, que não há cartel coisa nenhuma. O que há é um paralelismo (que é uma coisa representada por duas rectas que convergem no infinito, como me explicaram na SIC Notícias), uma convergência de preços e uma coincidência esquisita que fez com que toda a gente suba os preços ao mesmo tempo e na mesma proporção. Ouvi ainda o ministro afirmar (juro que ouvi…) que o facto de os combustíveis em Portugal serem mais caros do que em Espanha não é porque os nosso impostos sejam muito elevados. Os espanhóis é que têm os impostos mais baixos (depois de ouvir esta, estremeço entre o que é mais grave, se este assalto de que estou a ser alvo no preço dos combustíveis ou de existirem pessoas assim…), o que me leva a lamentar a suerte dos nossos hermanos, tão mal governados!
- Outra coisa que me sossegou foi ouvir Manuel Alegre dizer uma série de coisas de que ninguém se lembrava. Sobre as desigualdades e qualidade de vida dos portugueses. Não explicou bem o que se poderia fazer sobre isso mas isso também não vinha muito a propósito. O que interessava era dizer aquilo que as pessoas já sabiam mas, como dizer, “passava-se-lhes”, com esta coisa da selecção e da praia à porta ninguém estava para aí virado, para a qualidade de vida dos portugueses e para as desigualdades e outras maçadas. Manuel Alegre fez bem em falar, pois. Quanto mais não fosse porque desencadeou mais uma reacção imbecil de Vitalino Canas que, como sabemos, é muito dado a estas coisas de tentar imbecilizar mais ainda aqueles que ele já acha que são imbecis. Uma coisa que pode ajudar à resolução dos nossos problemas, segundo Alegre, é que quando Vitalino nasceu para a política já Alegre tinha sido preso. Imagine-se. Uma pessoa a botar opinião contra gente que já esteve presa em defesa da liberdade.
Ocorre-me que os exílios não descuravam o marketing político. E que na altura, tal como hoje, a substância não variava muito. Entretanto, Portugal prossegue, orgulhoso, na senda de se tornar o país com mais e mais ortodoxa esquerda europeia. Também, com a ajuda que a direita vai dando, não admira muito…
As notícias da manhã vão possibilitar-me uma viagem mais tranquila para o trabalho, após o esclarecimento de algumas questões que me causavam algum desconforto. Assim:
- Quando eu pensava que a Entidade Reguladora ia encontrar uma data de faxes a “cartelizar” os combustíveis, protocolos, actas de reuniões, assinaturas reconhecidas “na qualidade de”, tudo no sentido que as aparências indicavam, ou, ainda, gravações de telefonemas a combinar “as subidas e as subidas” dos preços dos combustíveis, eis que a eficiência dos nossos rapazes dos controles descobriram, e o nosso ministro confirmou, que não há cartel coisa nenhuma. O que há é um paralelismo (que é uma coisa representada por duas rectas que convergem no infinito, como me explicaram na SIC Notícias), uma convergência de preços e uma coincidência esquisita que fez com que toda a gente suba os preços ao mesmo tempo e na mesma proporção. Ouvi ainda o ministro afirmar (juro que ouvi…) que o facto de os combustíveis em Portugal serem mais caros do que em Espanha não é porque os nosso impostos sejam muito elevados. Os espanhóis é que têm os impostos mais baixos (depois de ouvir esta, estremeço entre o que é mais grave, se este assalto de que estou a ser alvo no preço dos combustíveis ou de existirem pessoas assim…), o que me leva a lamentar a suerte dos nossos hermanos, tão mal governados!
- Outra coisa que me sossegou foi ouvir Manuel Alegre dizer uma série de coisas de que ninguém se lembrava. Sobre as desigualdades e qualidade de vida dos portugueses. Não explicou bem o que se poderia fazer sobre isso mas isso também não vinha muito a propósito. O que interessava era dizer aquilo que as pessoas já sabiam mas, como dizer, “passava-se-lhes”, com esta coisa da selecção e da praia à porta ninguém estava para aí virado, para a qualidade de vida dos portugueses e para as desigualdades e outras maçadas. Manuel Alegre fez bem em falar, pois. Quanto mais não fosse porque desencadeou mais uma reacção imbecil de Vitalino Canas que, como sabemos, é muito dado a estas coisas de tentar imbecilizar mais ainda aqueles que ele já acha que são imbecis. Uma coisa que pode ajudar à resolução dos nossos problemas, segundo Alegre, é que quando Vitalino nasceu para a política já Alegre tinha sido preso. Imagine-se. Uma pessoa a botar opinião contra gente que já esteve presa em defesa da liberdade.
Ocorre-me que os exílios não descuravam o marketing político. E que na altura, tal como hoje, a substância não variava muito. Entretanto, Portugal prossegue, orgulhoso, na senda de se tornar o país com mais e mais ortodoxa esquerda europeia. Também, com a ajuda que a direita vai dando, não admira muito…
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Etiquetas: combustíveis, política
8 Comments:
Ahahhahahah!!!! Que belo post!
Pena que se refira ao meu país...
Beijinhos
o amigo está aqui está a votar Sócrates eheh
Uma leitura interessante...
lurdes
Pois... :)
anónimo
É já a correr...
josé manuel dias
obrigado
o facto de os combustíveis em Portugal serem mais caros do que em Espanha não é porque os nosso impostos sejam muito elevados. Os espanhóis é que têm os impostos mais baixos
ahahahahahaahahahahah!
... não devia rir-me assim ... é que não tem piada nenhuma ... o nosso País está perdido ...
sinapse
Uiiii, má qui saudadji... que bom ver-te por aqui :)
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