Esta estranha forma de sermos
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Do forró televisivo da partida da selecção para a Suiça retive dois pormenores, qualquer deles disputando a primazia de paradigma nacional. Vejamos:
1.- O presidente Madaíl, em tom apologético e compungido, frisou, repetiu, reiterou à exaustão, de que o relatório que mandou para a UEFA foi um mero relato dos acontecimentos que levaram à penalização do F.C.Porto. Que a iniciativa foi da UEFA e se houve alguma incorrecção o erro pode dever-se à tradução, salientou. E repetiu e repetiu e repetiu que a Federação não tomou a iniciativa, que a UEFA, como sabem, também lê jornais e vê televisão e achou por bem perguntar o que se passava, pelo que não lhe restou alternativa senão enviar o tal relatório. Tenho de concluir, assim, que a batota neste país só é batota se lá fora repararem, ou seja se a coisa passar despercebida lá por fora, nós por cá tudo bem.
2.- A outra pérola saiu de um repórter da SIC que, emocionado que só lhe faltavam crepes no microfone, ia debitando uma série de defeitos dos suíços. Gente séria, sisuda, gente que não se ri e muito ensimesmada. E quando o autocarro da selecção passou no meio de uma mole imensa de imigrantes aos gritos de Portugal, Portugal, o repórter não resistiu e disse que os suíços até tinham umas zonas onde era proibido buzinar das oito da noite ás oito da manhã mas os portugueses tinham conseguido ludibriar a polícia e apitavam e buzinavam e buzinavam e apitavam.
Convenhamos que por mais alegrias que a selecção nos traga, estamos condenados a esta forma quase cavernícola de sermos e, já agora, de fazermos televisão. Para já não falar de novo no beneplácito da batota, desde que não se saiba lá fora. Ah! E disse ainda Madaíl, com cara de poucos amigos, que se o F.C. Porto for castigado (leia-se excluído das provas europeias) aí então a federação assegurar-se-á de que a justiça é equitativa. Porque há por aí muito coisa que ele sabe. Ele, Madaíl.
Apetece dizer merda, mas como ainda estamos no horário diurno e ainda me recordo da esmerada educação que tive na Suiça (dichote apropriado) refreio o merda e digo chiça.
Do forró televisivo da partida da selecção para a Suiça retive dois pormenores, qualquer deles disputando a primazia de paradigma nacional. Vejamos:
1.- O presidente Madaíl, em tom apologético e compungido, frisou, repetiu, reiterou à exaustão, de que o relatório que mandou para a UEFA foi um mero relato dos acontecimentos que levaram à penalização do F.C.Porto. Que a iniciativa foi da UEFA e se houve alguma incorrecção o erro pode dever-se à tradução, salientou. E repetiu e repetiu e repetiu que a Federação não tomou a iniciativa, que a UEFA, como sabem, também lê jornais e vê televisão e achou por bem perguntar o que se passava, pelo que não lhe restou alternativa senão enviar o tal relatório. Tenho de concluir, assim, que a batota neste país só é batota se lá fora repararem, ou seja se a coisa passar despercebida lá por fora, nós por cá tudo bem.
2.- A outra pérola saiu de um repórter da SIC que, emocionado que só lhe faltavam crepes no microfone, ia debitando uma série de defeitos dos suíços. Gente séria, sisuda, gente que não se ri e muito ensimesmada. E quando o autocarro da selecção passou no meio de uma mole imensa de imigrantes aos gritos de Portugal, Portugal, o repórter não resistiu e disse que os suíços até tinham umas zonas onde era proibido buzinar das oito da noite ás oito da manhã mas os portugueses tinham conseguido ludibriar a polícia e apitavam e buzinavam e buzinavam e apitavam.
Convenhamos que por mais alegrias que a selecção nos traga, estamos condenados a esta forma quase cavernícola de sermos e, já agora, de fazermos televisão. Para já não falar de novo no beneplácito da batota, desde que não se saiba lá fora. Ah! E disse ainda Madaíl, com cara de poucos amigos, que se o F.C. Porto for castigado (leia-se excluído das provas europeias) aí então a federação assegurar-se-á de que a justiça é equitativa. Porque há por aí muito coisa que ele sabe. Ele, Madaíl.
Apetece dizer merda, mas como ainda estamos no horário diurno e ainda me recordo da esmerada educação que tive na Suiça (dichote apropriado) refreio o merda e digo chiça.
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Etiquetas: Ai Portugal, futebol
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