A actividade de cariz social
[2491]
A ministra da saúde Ana Jorge lamentou (expressão dela) que o hospital da Luz tenha sido entregue à ADSE. Segundo ela, a decisão foi do ministro das finanças e seria, assim, a ele que se deveria pedir explicações. E se fosse ela, enfatizou, a decisão teria sido diferente e o Hospital da Luz poderia desenvolver uma actividade mais social.
Eu que não sou técnico de saúde nem gestor de hospitais leio isto e reflicto sobre a quantidade de ilações a tirar das afirmações de Ana Jorge no parlamento e a forma vaga como se usa e abusa da expressão actividade social, a maneira como se usa o floreado para se cair bem nas camadas sociais (lá está…) e ainda o lamentável exercício de continuidade que se dá a uma guerra surda de conceitos, privado e estatal, sem cuidar de se explicar bem aos incautos os porquês de certas afirmações. Ana Jorge deixa no ar a ideia de que:
- O sector privado é tentacular e vai onde pode e onde o deixam ir;
- Há promiscuidades entre a vida pública e privada a que nem os socialistas se podem furtar, mesmo que ela não explique, como devia, porquê;
- Que o ministro Teixeira dos Santos é uma de várias coisas: venal, estouvado ou vítima indefesa dos tentáculos do capitalismo;
- Que ela, Ana Jorge, não teria embarcado nesta aventura e teria entregue o hospital a uma actividade social, provando que no Governo ainda há gente honesta, bem intencionada e imune às malfeitorias do sector privado.
Por mais que me digam, uma ou todas estas asserções serão válidas para a atitude da ministra e, naturalmente, ela deveria ser instada a explicar bem porque é que afirmou o que afirmou. Porque isto de atirar bombinhas para o ar é mais para o Carnaval. Além de que vai sendo tempo de começarmos a ser governados por gente liberta de conceitos gerados por cartilhas datadas e não coadunáveis com os interesses e desenvolvimento das populações. A tal actividade social, como diz Ana Jorge.
A ministra da saúde Ana Jorge lamentou (expressão dela) que o hospital da Luz tenha sido entregue à ADSE. Segundo ela, a decisão foi do ministro das finanças e seria, assim, a ele que se deveria pedir explicações. E se fosse ela, enfatizou, a decisão teria sido diferente e o Hospital da Luz poderia desenvolver uma actividade mais social.
Eu que não sou técnico de saúde nem gestor de hospitais leio isto e reflicto sobre a quantidade de ilações a tirar das afirmações de Ana Jorge no parlamento e a forma vaga como se usa e abusa da expressão actividade social, a maneira como se usa o floreado para se cair bem nas camadas sociais (lá está…) e ainda o lamentável exercício de continuidade que se dá a uma guerra surda de conceitos, privado e estatal, sem cuidar de se explicar bem aos incautos os porquês de certas afirmações. Ana Jorge deixa no ar a ideia de que:
- O sector privado é tentacular e vai onde pode e onde o deixam ir;
- Há promiscuidades entre a vida pública e privada a que nem os socialistas se podem furtar, mesmo que ela não explique, como devia, porquê;
- Que o ministro Teixeira dos Santos é uma de várias coisas: venal, estouvado ou vítima indefesa dos tentáculos do capitalismo;
- Que ela, Ana Jorge, não teria embarcado nesta aventura e teria entregue o hospital a uma actividade social, provando que no Governo ainda há gente honesta, bem intencionada e imune às malfeitorias do sector privado.
Por mais que me digam, uma ou todas estas asserções serão válidas para a atitude da ministra e, naturalmente, ela deveria ser instada a explicar bem porque é que afirmou o que afirmou. Porque isto de atirar bombinhas para o ar é mais para o Carnaval. Além de que vai sendo tempo de começarmos a ser governados por gente liberta de conceitos gerados por cartilhas datadas e não coadunáveis com os interesses e desenvolvimento das populações. A tal actividade social, como diz Ana Jorge.
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Etiquetas: política
2 Comments:
Actividade social? Eu é mais bolos...
azulinha
No post anterior esqueci-ne de te dizer que percebo bem a tua empatia pelo Índico...
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