Prós e prós
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Vou dando razão àqueles que se admiram pelo facto de eu ainda conseguir ver o Prós e Prós. Porque já não consigo. Distraio-me, faço zapping e nem o trovejar da Fatinha me tira do sério. Ontem, nos raros momentos em que "passava pelo programa", dei-me conta de algumas intervenções e tudo junto e somado desaguava na foz do costume. A culpa da escassez alimentar é do capitalismo, do sistema, da especulação, do funcionamento do mercado e, naturalmente, dos especuladores. Também reparei que os representantes dos agricultores continuam a achar quer a agricultura não deve servir para ganhar dinheiro e, muito menos, gerar lucros, mas para garantir subsídios. Resumindo: mais do mesmo, sempre do mesmo. Interrogo-me se teremos sido sempre assim ou se fomos operados em pequeninos.
Nota: Houve tempo em que, por exigência profissional, voei muitas horas sobre terras férteis, espumando de matéria orgânica acumulada de séculos, sob horas de sol intenso à espera de casar com clorofila e sujeitas a chuvas intensas que quando faltam, são compensadas por cursos de água. Centenas de milhares de hectares à espera de ser cultivados. Hectares que podem atingir facilmente, cada um, claro, dez toneladas de milho, cinco de arroz, trinta toneladas de batata e milhares de toneladas de pasto tenro e farto à espera de ser cortado e fenado ou ensilado. Faz confusão, eu sei. Sobretudo quando pensamos que a imensidão destas terras se encontram em países e territórios onde se morre (literalmente) de fome. E que poderiam, sem dificuldade, ser cultivadas. Mas o capitalismo, o mercado, o sistema e os especuladores de Chicago não deixam.
Vou dando razão àqueles que se admiram pelo facto de eu ainda conseguir ver o Prós e Prós. Porque já não consigo. Distraio-me, faço zapping e nem o trovejar da Fatinha me tira do sério. Ontem, nos raros momentos em que "passava pelo programa", dei-me conta de algumas intervenções e tudo junto e somado desaguava na foz do costume. A culpa da escassez alimentar é do capitalismo, do sistema, da especulação, do funcionamento do mercado e, naturalmente, dos especuladores. Também reparei que os representantes dos agricultores continuam a achar quer a agricultura não deve servir para ganhar dinheiro e, muito menos, gerar lucros, mas para garantir subsídios. Resumindo: mais do mesmo, sempre do mesmo. Interrogo-me se teremos sido sempre assim ou se fomos operados em pequeninos.
Nota: Houve tempo em que, por exigência profissional, voei muitas horas sobre terras férteis, espumando de matéria orgânica acumulada de séculos, sob horas de sol intenso à espera de casar com clorofila e sujeitas a chuvas intensas que quando faltam, são compensadas por cursos de água. Centenas de milhares de hectares à espera de ser cultivados. Hectares que podem atingir facilmente, cada um, claro, dez toneladas de milho, cinco de arroz, trinta toneladas de batata e milhares de toneladas de pasto tenro e farto à espera de ser cortado e fenado ou ensilado. Faz confusão, eu sei. Sobretudo quando pensamos que a imensidão destas terras se encontram em países e territórios onde se morre (literalmente) de fome. E que poderiam, sem dificuldade, ser cultivadas. Mas o capitalismo, o mercado, o sistema e os especuladores de Chicago não deixam.
NOTA 2: Sobre este tema, vale a pena ler este pequeno trecho do João Miranda.
Estou quase a perceber esta coisa da crise alimentar. A política agrícola comum e as políticas agrícolas dos EUA inundaram deliberadamente os mercados internacionais fazendo baixar os preços e levando os países do terceiro mundo à miséria. Depois desta fase, a falta de produção do terceiro mundo causou escassez nos mercados mundiais, a subida dos preços e a miséria no terceiro mundo. (João Miranda in Blasfémias. Vale a pena ler de Prós e Prós a Prós e Prós XII. Hilariante).
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