Estou na dúvida se os meus netinhos devam ser empresários de sucesso ou se devam ter um forte sentido de cidadania
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Ou a Fátima muda de lay-out ou o Prós e Contras começa a estar muito visto. Ainda assim, do programa de ontem, ficou-me:
1 - Afinal está tudo bem na educação. Alguns problemas aqui e ali de disciplina mas nada que duas ou três peças de legislação não resolvam;
2 - CAA foi a voz clarividente no meio daquilo tudo. Disse o que é claro e disse-o bem dito. O que prova que quando CAA deixa o FCP em casa, é capaz das melhores prestações. Infelizmente esteve muito sozinho, eu nem diria muito sozinho, esteve sozinho, ponto parágrafo. Foi o único participante que me pareceu ter uma ideia clara da gravidade do que se está a passar. Mas, repito, estava completamente só, mau grado a sua excelente prestação;
3 - Joana está um apetite, ataviada pelas benesses do consumismo que ela verbera e desdenha e de outras malfeitorias do capitalismo selvagem, que ela referiu como uma das principais causas do desastre da educação. Esqueceu-se, como bem lembrou o CAA do aquecimento global, mas fica para uma próxima. Falou muito (o Bloco tem sempre cunha nos tempos de antena) e abanava imenso a cabeça de cada vez que CAA falava. Falou muito mas disse nada, ou melhor, disse o costume que é o que se diz aos costumes nestas coisas. Discurso estereotipado, emoldurado por boa dicção e boa presença (os tais atavios do consumismo, destaque para aquelas pestanas irrepreensíveis e baton escarlate);
4 - Ao contrário, Paulo Guinote, autor de um blog de sucesso à custa da campanha anti-Milú, pareceu com ar de quem acabou de se levantar da cama. Vestido, claro. Nem a barba fez e o blusão parecia coçado, mas pode ter sido das luzes. De resto, pareceu deslocado. Falta-lhe o traquejo da Joana (e a Joana é mais gira, claro), não parece enquadrado nestas coisas da televisão o que não admira, pois julgo ser novato nestas coisas. Mas é capaz de lá ir. Nada de especial acrescentou ao problema para além de ter dito que o multiculturalismo (multiculturalidade, disse ele, mas, sendo ele o professor que eu não sou, é capaz de ter razão), ao contrário do que se pensa, poderia ser um excelente veículo na resolução dos problemas da disciplina e vontade de aprender. Também mostrou um irritante nervosismo, pois esforçou-se loucamente para trazer a ministra, a tal, a sinistra mentirosa, à liça e espetar-lhe mais umas farpas mas a Fátima encarregava-se de lhe cortar o pio. Actuação a rever quando e se Paulo Guinote tiver direito a um assessor de imagem;
5 - Finalmente, deslumbrei-me pela forma como um psiquiatra de meia-idade, cujo nome não fixei, resolveu tudo com uma penada, na questão do ensino público vs ensino privado. Disse ele, da cátedra da sua experiência, que o ensino privado se destinava aos pais que queriam que os seus filhos tivessem sucesso empresarial (sic e eu seja ceguinho). Infelizmente, muitos desses candidatos a empresários de sucesso acabavam às suas mão numa consulta de psiquiatria. Já os pais que queriam filhos com conceitos de cidadania, esses, adivinhe-se, punham os rebentos no ensino público. A isto chega o funcionamento sináptico de muita gente que mexe ou opina nas questões de ensino. Até eu, que já me habituei a não me espantar, abri a boca com esta tirada do psiquiatra.
Ah! Havia a inevitável Finlândia, claro. Por qualquer razão que me escapa, a Finlândia vem recorrentemente à baila. Não só na educação, mas na economia e outros campos da nossa vida. Logo os finlandeses… podiam ter escolhido os dinamarqueses, mais bonitos, mais latinos e com melhor clima.
Fim. Um dia destes há mais.
Ou a Fátima muda de lay-out ou o Prós e Contras começa a estar muito visto. Ainda assim, do programa de ontem, ficou-me:
1 - Afinal está tudo bem na educação. Alguns problemas aqui e ali de disciplina mas nada que duas ou três peças de legislação não resolvam;
2 - CAA foi a voz clarividente no meio daquilo tudo. Disse o que é claro e disse-o bem dito. O que prova que quando CAA deixa o FCP em casa, é capaz das melhores prestações. Infelizmente esteve muito sozinho, eu nem diria muito sozinho, esteve sozinho, ponto parágrafo. Foi o único participante que me pareceu ter uma ideia clara da gravidade do que se está a passar. Mas, repito, estava completamente só, mau grado a sua excelente prestação;
3 - Joana está um apetite, ataviada pelas benesses do consumismo que ela verbera e desdenha e de outras malfeitorias do capitalismo selvagem, que ela referiu como uma das principais causas do desastre da educação. Esqueceu-se, como bem lembrou o CAA do aquecimento global, mas fica para uma próxima. Falou muito (o Bloco tem sempre cunha nos tempos de antena) e abanava imenso a cabeça de cada vez que CAA falava. Falou muito mas disse nada, ou melhor, disse o costume que é o que se diz aos costumes nestas coisas. Discurso estereotipado, emoldurado por boa dicção e boa presença (os tais atavios do consumismo, destaque para aquelas pestanas irrepreensíveis e baton escarlate);
4 - Ao contrário, Paulo Guinote, autor de um blog de sucesso à custa da campanha anti-Milú, pareceu com ar de quem acabou de se levantar da cama. Vestido, claro. Nem a barba fez e o blusão parecia coçado, mas pode ter sido das luzes. De resto, pareceu deslocado. Falta-lhe o traquejo da Joana (e a Joana é mais gira, claro), não parece enquadrado nestas coisas da televisão o que não admira, pois julgo ser novato nestas coisas. Mas é capaz de lá ir. Nada de especial acrescentou ao problema para além de ter dito que o multiculturalismo (multiculturalidade, disse ele, mas, sendo ele o professor que eu não sou, é capaz de ter razão), ao contrário do que se pensa, poderia ser um excelente veículo na resolução dos problemas da disciplina e vontade de aprender. Também mostrou um irritante nervosismo, pois esforçou-se loucamente para trazer a ministra, a tal, a sinistra mentirosa, à liça e espetar-lhe mais umas farpas mas a Fátima encarregava-se de lhe cortar o pio. Actuação a rever quando e se Paulo Guinote tiver direito a um assessor de imagem;
5 - Finalmente, deslumbrei-me pela forma como um psiquiatra de meia-idade, cujo nome não fixei, resolveu tudo com uma penada, na questão do ensino público vs ensino privado. Disse ele, da cátedra da sua experiência, que o ensino privado se destinava aos pais que queriam que os seus filhos tivessem sucesso empresarial (sic e eu seja ceguinho). Infelizmente, muitos desses candidatos a empresários de sucesso acabavam às suas mão numa consulta de psiquiatria. Já os pais que queriam filhos com conceitos de cidadania, esses, adivinhe-se, punham os rebentos no ensino público. A isto chega o funcionamento sináptico de muita gente que mexe ou opina nas questões de ensino. Até eu, que já me habituei a não me espantar, abri a boca com esta tirada do psiquiatra.
Ah! Havia a inevitável Finlândia, claro. Por qualquer razão que me escapa, a Finlândia vem recorrentemente à baila. Não só na educação, mas na economia e outros campos da nossa vida. Logo os finlandeses… podiam ter escolhido os dinamarqueses, mais bonitos, mais latinos e com melhor clima.
Fim. Um dia destes há mais.
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Etiquetas: educação, Prós e Contras
4 Comments:
Francamente, admito a tua capacidade de (ainda) conseguires ver esse programa.
:)
Um apetite??????
carlota
Admito que admites. Admiro-me é que não te admires...
Beijola e welcome de volta
:)
anónimo
Um apetite. Period!
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