O bom-gosto de Maria
Foto desta última viagem, de costas para o Conselho Executivo da cidade. Ao fundo, o Hotel Rovuma
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Feiosa, desengonçada, péssimo gosto a vestir e até o nome Maria não ajudava muito. A maledicência nacional, um dos desportos favoritos dos portugueses, não poupou Maria Cavaco Silva ao tempo da eleição do marido como presidente da república.
Na visita do casal, presidente e primeira-dama, a Moçambique, Maria tem distribuído simpatia e sobretudo uma noção muito exacta da realidade moçambicana. Integrou-se com naturalidade nos termos e assuntos moçambicanos sem que isso demonstrasse o artificialismo usual nestas coisas. As palavras mamã e kanimambo, dois dos termos com mais significado no léxico moçambicano foram usadas com um sorriso de mamã mesmo e do fundo do coração, como os moçambicanos gostam. Foi a propósito da visita de Maria ao Josina Machel, uma escola onde ela leccionou no tempo colonial.
Não sei se Maria levava a lição estudada ou não. Mas se levava, ia tão bem estudada que pareceu não o ter sido e, antes, espalhou desenvoltura e uma alegria genuína na partilha do momento com os jovens estudantes moçambicanos. Sobretudo, muito natural, muito genuína.
Para quem conhece África em geral e Moçambique em particular sabe que um episódio destes vale mais que mil expressões coloquiais que, frequentemente, são tiradas dos blocos de apontamentos para a oratória de alguns políticos que não têm a mais remota noção do que estão a fazer ou dizer, sempre que lidando com lugares ou gentes africanos.
Maria prestou um bom serviço a Portugal.
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Feiosa, desengonçada, péssimo gosto a vestir e até o nome Maria não ajudava muito. A maledicência nacional, um dos desportos favoritos dos portugueses, não poupou Maria Cavaco Silva ao tempo da eleição do marido como presidente da república.
Na visita do casal, presidente e primeira-dama, a Moçambique, Maria tem distribuído simpatia e sobretudo uma noção muito exacta da realidade moçambicana. Integrou-se com naturalidade nos termos e assuntos moçambicanos sem que isso demonstrasse o artificialismo usual nestas coisas. As palavras mamã e kanimambo, dois dos termos com mais significado no léxico moçambicano foram usadas com um sorriso de mamã mesmo e do fundo do coração, como os moçambicanos gostam. Foi a propósito da visita de Maria ao Josina Machel, uma escola onde ela leccionou no tempo colonial.
Não sei se Maria levava a lição estudada ou não. Mas se levava, ia tão bem estudada que pareceu não o ter sido e, antes, espalhou desenvoltura e uma alegria genuína na partilha do momento com os jovens estudantes moçambicanos. Sobretudo, muito natural, muito genuína.
Para quem conhece África em geral e Moçambique em particular sabe que um episódio destes vale mais que mil expressões coloquiais que, frequentemente, são tiradas dos blocos de apontamentos para a oratória de alguns políticos que não têm a mais remota noção do que estão a fazer ou dizer, sempre que lidando com lugares ou gentes africanos.
Maria prestou um bom serviço a Portugal.
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Etiquetas: Maria Cavaco Silva, Moçambique
5 Comments:
Não me chamo Maria, não sou devota de Maria e além de ser esposa de quem é nada mais sei da senhora da foto, mas invejo o seu nome tão densamente feminino.
Dulce
Por acaso eu até sou Maria!
E esta em particular, a nossa primeira dama, já fez a muitos engolir muito do que disseram sobre ela.
Beijinhos
Dulce
É sempre possível mudar de nome...
:)
Lurdes
Sinto-me tentado a concordar
:)
Beijinho
Tudo o que eu escrevi sobre a senhora, era o que eu pensava. Não retiro uma linha.
As mudanças verificadas só provam que o que se dizia era verdadeiro e relevante e que, felizmente, nunca é tarde para melhorar.
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