segunda-feira, março 10, 2008

Zapatero, outra vez


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Mantinha nos joelhos, pés ao borralho, uma sopinha quente e o cheque na conta ao fim do mês, depois do menor número de horas de trabalho possível, garantia de emprego e carreira a progredir por forma a que o cheque engorde todos os anos. Médico à cabeceira, medicamentos de borla e muitos psicólogos quando uma desgraça qualquer acontece. Estradas cómodas e largas a percorrer com o carrinho obtido a crédito fácil e, no caso de dificuldades com alguma prestação não paga, uma instituição de defesa do consumidor a chamar nomes aos porcos capitalistas que nos passam a vida a encher de coisas inúteis e depois querem que paguemos tudo a tempo e horas, imagine-se. Centros comerciais cheios de lojas e restaurantes onde levar as criancinhas, onde se possa dar corda às sapatilhas que os bandalhos dos americanos fabricam em companhias subsidiárias em países de mão-de-obra barata. À noite, muitas notícias modernas sobre homossexuais, criancinhas adoptadas por casais do mesmo sexo, violência doméstica e, para desanuviar, sobre a última queca da Elsa Raposo (no caso português) e educação avançada como aconteceu agora na Catalunha com a distribuição de folhetos nas escolas a explicar às criancinhas como e porquê se devem masturbar, não vá eles não saberem ou terem medo. E já agora para começarem a ver qual é a sua orientação sexual. Uma manifestação ou outra para se dizer mal de alguém, sobretudo se for alguém que se lembre de vir para aí dizer que qualquer dia não há dinheiro e que não é possível manter o status quo. Na falta de culpados directos, servem os americanos. Uma ou outra tertúlia de intelectuais a perorar na televisão sobre coisa nenhuma também é bem vinda. No caso específico de Portugal um programa diário, pelo menos, que nos fale em democracia, em revolução, em Caxias, torturas da Pide e fascismo – indispensável.

Não é o sonho americano, esse paradigma dos obtusos e insensíveis colonos exterminadores de índios, mas é o sonho europeu. De dada vez que a economia dá umas abébias há que repor estes valores e ficamos todos contentes. Sempre que as estruturas abanam demais, venha de lá um governo de direita para pôr tudo nos eixos outra vez (entenda-se mantinha no joelhos, pés no borralho, etc., etc.).

Não sei por quanto tempo este sonho europeu será possível. Logo se vê, que para isso é que se fizeram Guterres, Zapateros e correlativos. Até lá, viva o socialismo democrático, não nos esqueçamos que somos pessoas, quéstamerda!

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7 Comments:

At 11:04 da manhã, Blogger 125_azul disse...

quéstamerda? Gosto quando escreves estrangeiro...

 
At 2:43 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Tás amargo!

IL

 
At 2:44 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Tás amargo!

IL

 
At 5:48 da tarde, Blogger Sinapse disse...

eheheheh! esse quéstamerda! saiu-te muito bem!

 
At 9:38 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

azulinha
Vês como eu sei línguas?

 
At 9:39 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

IL
Amaríssimo
::)

 
At 9:39 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

sinapse
Só te digo uma coisa. Deixa-te estar...
Beijinhos

 

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