A exclusão social e os boatos da reacção
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Rosa Coutinho, um sinistro almirante português mais tarde convertido em negociante, deu-me uma vez uma valiosa aula prática de politica. A mim, jovem incauto, com uma necessidade absoluta de perceber o fenómeno decorrente do 25 de Abril. Numa das salas do edifício do Palácio do Governo, o homem saltou para cima de um mesa e uivou (é o termo) para um grupo de motoristas de taxi de Luanda que se insurgiam contra o assassínio de alguns colegas, berrando-lhes que era mentira. Eram mentiras da reacção. Luanda era uma cidade segura e os boatos da reacção fariam tudo para desestabilizar a situação política na cidade. O resto é história mais ou menos conhecida por toda a gente.
Que trinta anos depois e a propósito de mais uma vaga de assaltos e assassinatos, haja uma comunista que produza pérolas como estas:
Rosa Coutinho, um sinistro almirante português mais tarde convertido em negociante, deu-me uma vez uma valiosa aula prática de politica. A mim, jovem incauto, com uma necessidade absoluta de perceber o fenómeno decorrente do 25 de Abril. Numa das salas do edifício do Palácio do Governo, o homem saltou para cima de um mesa e uivou (é o termo) para um grupo de motoristas de taxi de Luanda que se insurgiam contra o assassínio de alguns colegas, berrando-lhes que era mentira. Eram mentiras da reacção. Luanda era uma cidade segura e os boatos da reacção fariam tudo para desestabilizar a situação política na cidade. O resto é história mais ou menos conhecida por toda a gente.
Que trinta anos depois e a propósito de mais uma vaga de assaltos e assassinatos, haja uma comunista que produza pérolas como estas:
"...A resolução dos problemas de insegurança em Setúbal não passa apenas pelo reforço do patrulhamento, em particular com os dois grupos do Corpo de Intervenção da PSP anunciados pelo Ministério da Administração Interna".
“não é à base da força que se combatem os problemas de segurança”.
"complexos ideológicos que continuam presos à saudade de um passado autoritário em que os problemas sociais se resolviam à bastonada"
"Os problemas de insegurança estão a montante ("montante" é um dos termos de estimação que os nossos políticos aprendem…) (…) que se relacionam, nomeadamente, com o crescimento do desemprego, os problemas sociais e económicos”.
...é que ainda me espanta. Ou não. A memória é curta e a preguiça é grande. Mas era bom que Maria das Dores Meira, presidente da Câmara de Setúbal, guardasse um mínimo de respeito por aqueles que morrem, a "montante" da querela política nacional e não fizesse dos outros parvos, por mor da cartilha que, aparentemente, lhe embota o cérebro. E levasse em conta que uma grande parte dos assaltos e crimes é feita por gente a quem é apreendida, armas, droga e milhares de euros, muitos milhares, em notas. São raros os crimes cometidos por excluídos, no sentido que Maria das Dores refere.
É um insulto a quem morre, é um atestado de indigência mental continuar com este tipo de discurso. Mesmo considerando que este tipo de oratória é de quem não sabe ou não tem mais nada para dizer.
NOTA: declarações de Maria das Dores recolhidas no Office Lounging
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Etiquetas: esquerda revolucionária, política
4 Comments:
E pensar que há uns anos quase me mudei do Brasil, para Portugal, buscando mais segurança!!!
Dulce
Dulce
Tenho a certeza que Portugal é um país mais seguro que o Brasil!
Vai la ver na caixa de comentários do GR, que já lá está o link para te satisfazer a curiosidade!
;)
Beijola.
carlota
Já vi. Ainda estou a recuperar...
:)
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