Economia doméstica
[2251]
A história é simples e conta-se em três penadas. Um qualquer aumento nas reformas de pensionistas terá efeitos retroactivos, pelo que cada pensioonista, pelo menos os abrangidos pelo aumento, teria direito a receber mais nove euros e qualquer coisa. O governo, então, decide, que esses €9 sejam pagos sim, mas em fracções vincendas de 1/14 , ou seja cada pensionista receberá cerca de €0,68 a mais nos próximos catorze anos de vida. Se não morrer antes, mas se esse for é o caso, é a vida, como diria o outro. Ou é a morte, digo eu.
Perante tão ridícula como abusiva medida, e aqui está o lado espantoso da história, ouvi hoje na rádio um secretário de estado a explicar que o dinheiro devido aos pensionistas seria pago nas tais catorze fracções mensais porque... segurem-se... o governo sente-se na obrigação de zelar pela economia doméstica dos seus cidadãos que precisam de pagar o pão e a conta da água todos os meses (os exemplos do pão e da água são do próprio secretário de estado).
Verdadeiramente grave, para mim, já nem será o facto (abusivo) de o Estado dispôr de uma quantia que não lhe pertence, é propriedade dos pensionistas e protelar a sua liquidação por catorze meses mas, sobretudo, esta insólita atitude de dizer aos papalvos que lhes pagam em catorze vezes porque estão preocupados que os sessenta e oito cêntimos venham a fazer falta para o pão e para a água. Se é certo que o pai desta ideia brilhante, seja quem for, o terá feito pensando na poupança que representa um pagamento diferido em catorze prestações sem juros, é sobretudo grave um secretário de estado com ar de rapazote espigado ter feito as afirmações que fez na rádio e, e aqui reside o verdadeiro perigo, parecer acreditar piamente no que estava a dizer.
Não é admissível, isto que parece ser uma espécie de mentalidade que por um lado faz lembrar o merceeiro que nos roubava no peso da manteiga quando eu era miúdo e, por outro, nos anuncia, o estabelecimento gradual mas seguro de elites de iluminados que acham ter a prerrogativa de dever cuidar das finanças domésticas. Sobretudo elites provindas de um partido que de finanças só parece perceber das próprias, porque das públicas nunca elas lhes mereceram qualquer respeito, atirando o país para o tal pantanal de Guterrres.
Estou simplesmentee siderado com o que ouvi no forum desta manhã na TSF.
A história é simples e conta-se em três penadas. Um qualquer aumento nas reformas de pensionistas terá efeitos retroactivos, pelo que cada pensioonista, pelo menos os abrangidos pelo aumento, teria direito a receber mais nove euros e qualquer coisa. O governo, então, decide, que esses €9 sejam pagos sim, mas em fracções vincendas de 1/14 , ou seja cada pensionista receberá cerca de €0,68 a mais nos próximos catorze anos de vida. Se não morrer antes, mas se esse for é o caso, é a vida, como diria o outro. Ou é a morte, digo eu.
Perante tão ridícula como abusiva medida, e aqui está o lado espantoso da história, ouvi hoje na rádio um secretário de estado a explicar que o dinheiro devido aos pensionistas seria pago nas tais catorze fracções mensais porque... segurem-se... o governo sente-se na obrigação de zelar pela economia doméstica dos seus cidadãos que precisam de pagar o pão e a conta da água todos os meses (os exemplos do pão e da água são do próprio secretário de estado).
Verdadeiramente grave, para mim, já nem será o facto (abusivo) de o Estado dispôr de uma quantia que não lhe pertence, é propriedade dos pensionistas e protelar a sua liquidação por catorze meses mas, sobretudo, esta insólita atitude de dizer aos papalvos que lhes pagam em catorze vezes porque estão preocupados que os sessenta e oito cêntimos venham a fazer falta para o pão e para a água. Se é certo que o pai desta ideia brilhante, seja quem for, o terá feito pensando na poupança que representa um pagamento diferido em catorze prestações sem juros, é sobretudo grave um secretário de estado com ar de rapazote espigado ter feito as afirmações que fez na rádio e, e aqui reside o verdadeiro perigo, parecer acreditar piamente no que estava a dizer.
Não é admissível, isto que parece ser uma espécie de mentalidade que por um lado faz lembrar o merceeiro que nos roubava no peso da manteiga quando eu era miúdo e, por outro, nos anuncia, o estabelecimento gradual mas seguro de elites de iluminados que acham ter a prerrogativa de dever cuidar das finanças domésticas. Sobretudo elites provindas de um partido que de finanças só parece perceber das próprias, porque das públicas nunca elas lhes mereceram qualquer respeito, atirando o país para o tal pantanal de Guterrres.
Estou simplesmentee siderado com o que ouvi no forum desta manhã na TSF.
.
6 Comments:
E a essas palavras do tal secretário de estado pode juntar-se as do ministro da saúde, ontem à noite, na RTP. e fica-se com o quê? Uma molho de bróculos???? Gota
Gostava de conseguir colocar aqui aquele emoticon que expressa um vómito, sabes qual é? ... vou ver se encontro e volto já!
Não encontro ...
... mas era o que merecia quem esquematizou o que descreveste!
gota
Sim, é um molho de bróculos, dos grandes...
:)
sinapse
Não só ouvi no Forum, como as declarações do tal rapazote espigado foram repetidas à EXAUSTÃO nos telejornais da noite. Tiveram o cuidado, porém, de editar aquela parte do pão e da água, mas o essencial manteve-se
Já vi que tens lido o blog da Luna que está na Califórnia, está giro, não está?
Beijinhos
Ontem chamei-lhe molho de bróculos para não escrever o que realmente tinha pensado e que era : uma ofensa à inteligência de um burro (animal)! Hoje, quando ouvi um ex-ministro dizer que a explicação, pelo aumento das pensões em prestações, dada pelo secretário de estado era QUASE um atentado à inteligência duma pessoa, respirei fundo! :)Sempre já somos dois! :) Gota
Enviar um comentário
<< Home