Virar à esquerda e fé em deus. E um duche, já agora.
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De Jacob Zuma, vencedor do congresso do ANC e provável sucessor de Mbeki na presidência da África do Sul, sei que é zulu, que teve um caso de alegada corrupção de que saiu ilibado e um caso de violação de uma mulher seropositiva, de que saiu incólume porque, segundo ele próprio, tomou um retemperador e terapêutico duche após a cópula.
Também há indicações seguras de que as políticas sofrerão uma viragem à esquerda, já que Zuma acusa Mbeki de uma política liberal, causa de 40% da população viver com rendimento inferior a trinta dólares americanos por mês. O suficiente para arrastar consigo uma imensa fatia do eleitorado sul-africano onde é fácil relacionar o baixo rendimento das famílias com o domínio do homem branco até um passado recente.
Nada mais sei de Zuma e os jornalistas e analistas que se debrucem agora sobre as perspectivas políticas económicas e sociais deste fabuloso país e perorem nas suas tribunas habituais. Mas o que sei é suficiente para me deixar preocupado e recear pelo assinalável sucesso de práticas relevantes da sabedoria de Mandela e do pragmatismo de Mbeki. Aguardemos pelo desenvolvimento da situação com esperança no futuro do mais portentoso país africano.
De Jacob Zuma, vencedor do congresso do ANC e provável sucessor de Mbeki na presidência da África do Sul, sei que é zulu, que teve um caso de alegada corrupção de que saiu ilibado e um caso de violação de uma mulher seropositiva, de que saiu incólume porque, segundo ele próprio, tomou um retemperador e terapêutico duche após a cópula.
Também há indicações seguras de que as políticas sofrerão uma viragem à esquerda, já que Zuma acusa Mbeki de uma política liberal, causa de 40% da população viver com rendimento inferior a trinta dólares americanos por mês. O suficiente para arrastar consigo uma imensa fatia do eleitorado sul-africano onde é fácil relacionar o baixo rendimento das famílias com o domínio do homem branco até um passado recente.
Nada mais sei de Zuma e os jornalistas e analistas que se debrucem agora sobre as perspectivas políticas económicas e sociais deste fabuloso país e perorem nas suas tribunas habituais. Mas o que sei é suficiente para me deixar preocupado e recear pelo assinalável sucesso de práticas relevantes da sabedoria de Mandela e do pragmatismo de Mbeki. Aguardemos pelo desenvolvimento da situação com esperança no futuro do mais portentoso país africano.
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Etiquetas: política, South Africa
5 Comments:
Deve ser por ser Natal, estou cheia de boa vontade. Sim, um duche parece-me bem. Já a violação... Enfim, humores. E eu gosto tanto, tanto desse país!
Nunca estive em África do Sul (só namorei uma loira nascida em Joanesburgo que por acaso era contra o apartheid), mas, por isso mesmo é que, nunca me esqueci da resposta de um costamarfinense a uma inocente pergunta minha (num voo entre Lagos -Nigéria- e Abidjan): Qual, para ele, era a melhor cidade de África? Ao que ele respondeu: Senegal, talvez... sem contar com qq cidade de África do Sul! (estávamos em 1995, acho...)
Abraço e, caso não nos "vejamos" antes, Santo Natal e Feliz 2008!
Ps: leia-se Dakar em vez de Senegal
azulinha
Como é possível não gostar?
:))
Lagos, Abidjan, Dakar, Bamako, Nouackschot, entre outras capitais da região do Sahel fazem parte de uma África que não tem nada com a outra ao sul do Equador. Tive o provilégio de conhecer estes países da África de l'Óuest, como eles gostam de dizer, pelo que estou à vontade para comentar, porque conheço profundamente vários países do Sul. O problema é que não há como comparar CapeTown com Lagos, ou Johannesburg com Bamako. São realidades tão distintas que não é possível estabelecer qualquer parâmtro de comparação. Por mim, voto em Capetown talvez a mais bonita cidade do mundo...
:)
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