Mães pedagógicas
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Ainda não perdi a esperança de ver aparecer ainda antes do Natal e numa dessas reportagens diárias de exterior sobre mãezinhas às compras de Natal para os filhos, uma mãe sorridente que responda à compostinha repórter sobre que tipo de brinquedos é que vai comprar para os filhos:
- Olhe, não sei bem, em qualquer dos casos, a minha ideia é pô-los a besuntarem-se em doces, daqueles que fazem muito mal através dos seus lípidos, açúcares e hidratos de carbono e enchê-los de brinquedos. Brinquedos daqueles que divertem, daqueles com que eles possam brincar e partilhar as fantasias que os brinquedos lhes proporcionam.
É que estou cansado de ver mãe conscienciosas, correctas, perfiladas perante os grandes desafios da época e imbuídas de um irrepreensível espírito pedagógico a dizer que irão comprar brinquedos que garantam uma vertente formativa, educacional, não esquecendo uma forte componente ecológica e observadas as mais estritas normas de segurança.
São sinais de tempos que não auguram nada de bom. Com tanta preocupação e espírito de missão, a avaliar pelas reportagens de exterior das nossas televisões, arriscamo-nos a estar criando gerações de plástico que acabam por crescer em permanente formação e em meios assépticos, mas não chegando a conhecer a suprema felicidade do entretenimento e da brincadeira pura e dura.
Ainda não perdi a esperança de ver aparecer ainda antes do Natal e numa dessas reportagens diárias de exterior sobre mãezinhas às compras de Natal para os filhos, uma mãe sorridente que responda à compostinha repórter sobre que tipo de brinquedos é que vai comprar para os filhos:
- Olhe, não sei bem, em qualquer dos casos, a minha ideia é pô-los a besuntarem-se em doces, daqueles que fazem muito mal através dos seus lípidos, açúcares e hidratos de carbono e enchê-los de brinquedos. Brinquedos daqueles que divertem, daqueles com que eles possam brincar e partilhar as fantasias que os brinquedos lhes proporcionam.
É que estou cansado de ver mãe conscienciosas, correctas, perfiladas perante os grandes desafios da época e imbuídas de um irrepreensível espírito pedagógico a dizer que irão comprar brinquedos que garantam uma vertente formativa, educacional, não esquecendo uma forte componente ecológica e observadas as mais estritas normas de segurança.
São sinais de tempos que não auguram nada de bom. Com tanta preocupação e espírito de missão, a avaliar pelas reportagens de exterior das nossas televisões, arriscamo-nos a estar criando gerações de plástico que acabam por crescer em permanente formação e em meios assépticos, mas não chegando a conhecer a suprema felicidade do entretenimento e da brincadeira pura e dura.
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Etiquetas: natal
4 Comments:
Tipo bolinhos de lama ou concurso de ver quem cospe o caroço da lixia mais longe? Sauuuuudades!
Pior é que as crianças já não sabem brincar,têm playstaion, pc, dvd, tv e não sei mais o quê....
Jokinhas
Di
azulinha
Esses mesmo...
:)))))
Di
Tudo muito formativo, como é evidente :)))
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