Absurdo
[2002]
O absurdo assentou arraiais neste país. Um dia pagaremos muito caro a leveza e a irresponsabilidade com que tratamos dos nossos problemas e da arrumação da nossa casa. O que vai por aí com um vídeo de uma pretensa cena de agressão a um chavalo (termo usado no vídeo) por parte da PSP ultrapassa os limites do razoável. Primeiro, porque me parece que o vídeo é de Janeiro e estamos em Setembro. Depois, porque a comunicação social conseguiu (com especial relevo para a RTP) que uns milhões de pessoas vissem a peça. Finalmente, porque tudo aquilo é uma falsa questão. Do que eu vi, a ser verdade, o tal vídeo mostra um polícia a dar um pontapé num preso que não devia andar ali a dar esmolas aos pobrezinhos. E eu ainda não sei bem de melhor via para responder à violência que um bom pontapé no traseiro (no caso parece ter sido numa canela), como aliás está previsto por lei, ou a imobilização imediata do preso através da força. No meio do alarido e dos sorrisos dos suspeitos do costume, aparece uma comissária de polícia quase a pedir desculpa por ter nascido.
É o absurdo instalado, sobretudo numa altura em que se verifica uma série de assaltos a bancos que chegam a dar a ideia de que os gatunos se divertem imenso e nos gozam perdidamente e em que aparece um ministro (Rui Pereira) a dizer que os assaltantes de Viana do Castelo foram apanhados e, meia hora depois, aparece a Judiciaria a dizer que não apanharam ninguém e, uffff!, a parte que mais preocupava os cidadãos, não havia nenhum assaltante ferido, como chegou a ser noticiado.
O absurdo assentou arraiais neste país. Um dia pagaremos muito caro a leveza e a irresponsabilidade com que tratamos dos nossos problemas e da arrumação da nossa casa. O que vai por aí com um vídeo de uma pretensa cena de agressão a um chavalo (termo usado no vídeo) por parte da PSP ultrapassa os limites do razoável. Primeiro, porque me parece que o vídeo é de Janeiro e estamos em Setembro. Depois, porque a comunicação social conseguiu (com especial relevo para a RTP) que uns milhões de pessoas vissem a peça. Finalmente, porque tudo aquilo é uma falsa questão. Do que eu vi, a ser verdade, o tal vídeo mostra um polícia a dar um pontapé num preso que não devia andar ali a dar esmolas aos pobrezinhos. E eu ainda não sei bem de melhor via para responder à violência que um bom pontapé no traseiro (no caso parece ter sido numa canela), como aliás está previsto por lei, ou a imobilização imediata do preso através da força. No meio do alarido e dos sorrisos dos suspeitos do costume, aparece uma comissária de polícia quase a pedir desculpa por ter nascido.
É o absurdo instalado, sobretudo numa altura em que se verifica uma série de assaltos a bancos que chegam a dar a ideia de que os gatunos se divertem imenso e nos gozam perdidamente e em que aparece um ministro (Rui Pereira) a dizer que os assaltantes de Viana do Castelo foram apanhados e, meia hora depois, aparece a Judiciaria a dizer que não apanharam ninguém e, uffff!, a parte que mais preocupava os cidadãos, não havia nenhum assaltante ferido, como chegou a ser noticiado.
.
Etiquetas: me worry?
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home