quarta-feira, setembro 05, 2007

Parar para almoçar



[1995]

"É à hora em que a zona industrial pára para almoçar".

(Industrial de restauração de Valongo em reportagem à RTP sobre o facto de ninguém ter reparado no assalto a um banco)


Esta frase, na sua singeleza, encerra muito das nossas idiossincrasias. A sacralização do almocinho continua a ser uma imagem de marca. Da nossa marca. O curioso é que os mesmos portugueses que param para almoçar, às vezes emigram, diluem-se nos hábitos do país anfitrião e acabam por dessacralizar o almoço. Passam a ter hábitos diferentes de trabalho. Entre outros, começar a trabalhar mais cedo, largar o trabalho muito mais cedo, ficando com muito mais tempo livre para tratar de assuntos pessoais. Para isso contribui um período de almoço mais curto e escalonamento de pessoal que permite que a maioria dos serviços se mantenham abertos e disponível durante um período único de trabalho.

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6 Comments:

At 7:34 da manhã, Blogger 125_azul disse...

Sou de uma raça diferente...nunca tenho tempo para almoços...
Adorei os meus beijinhos, muitos mercis e beijinhos para ti também

 
At 5:37 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Eu cá adorava ter tempo para a boa mesa e sesta a seguir, que é o saudável. E dava mais emprego.
Mas o mecanizado resolveu escravizar-se, olha!... 'bora lá a trabalhar para o déficit.

Viva a feijoada, abaixo a sandes de corrida!

beijo divertido para ti,
IO

 
At 12:09 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

azulinha
Beijinho para ti e bom almoço :)

 
At 12:10 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

IO
Eu quero é me esclareças urgente o assunto da 1128
:))))
please

 
At 12:51 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Espumante, já te respondi lá, mas não tudo senão fico sem assunto para o post que a casa me merece. Fica só com a certeza de que vivi lá de 1964 a 1969.
Beijo, IO

Caraças de coincidência, pá!!

 
At 12:59 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Mentira, só até ao final da 4ª classe, portanto até Julho de 1967 (vivi lá 4 anos).
Quando entrei no liceu já estava na Av.António Enes (Julius Nyerere).
Na altura, a casa era de um Brito que vivia para os lados do Colégio Barroso. Alugou-nos.

 

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