Quem é este homem?
[1805]
Não sabem? Eu explico. É o senhor Reinhard Höppner. Continuam sem saber quem é? Eu explico: É o presidente do Congresso da Igreja Protestante alemã. E depois, o que é que temos a ver com isso? Eu explico. É que este homem disse que:
“…Os terroristas, incluindo os talibãs, pertencem à mesa das negociações. Só quando ofereço ao meu inimigo o lugar de honra posso aspirar a alcançar a paz…”
Como se calcula, ou se espera, este senhor deve ter uma experiência riquíssima em resolver problemas de terrorismo, a começar pelos da sua própria terra que já existiam ainda os talibãs só pensavam em arranjar pasto para as cabras. Mas não resolveu. A Alemanha de há muito que sofre os efeitos de brigadas terroristas e o senhor Höppner não soube ou não quis resolver a questão. Mas, aparentemente, agora sim. Ele acha que consegue. Dá o lugar de honra ao inimigo, negoceia e voilá. Terrorismo resolvido.
Sorrio com a facilidade com que a esquerda gosta de fazer citações, supostamente aglutinadoras ou justificativas de um conjunto de acções que, segundo a mesma esquerda trariam a paz e justiça ao mundo, não fossem os interesses estratégicos do grande capital. E para isso vai-se buscar um nome qualquer, neste caso um presidente de um congresso de uma igreja, mas serve qualquer coisa de impacto semelhante. Não se vai buscar o chefe de cozinha do Ritz, claro, nem o regente da orquestra de sopro da Guarda Republicana de Cebolais do Meio. Convém qualquer coisa sonante. No caso em apreço, um presidente de um congresso de uma Igreja vai muito bem, ajuda até a criar aquela ideia de que a esquerda agnóstica, plural, tolerante e democrática, está sempre pronta a ouvir a opinião dos profissionais da fé.
Claro que o presidente do Congresso da Igreja não resolve terrorismo nenhum. Terão que ser os mesmos de sempre. Mas que citações destas caiem muito bem e dão uma sensação de dever cumprido e superioridade moral, dão.
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Não sabem? Eu explico. É o senhor Reinhard Höppner. Continuam sem saber quem é? Eu explico: É o presidente do Congresso da Igreja Protestante alemã. E depois, o que é que temos a ver com isso? Eu explico. É que este homem disse que:
“…Os terroristas, incluindo os talibãs, pertencem à mesa das negociações. Só quando ofereço ao meu inimigo o lugar de honra posso aspirar a alcançar a paz…”
Como se calcula, ou se espera, este senhor deve ter uma experiência riquíssima em resolver problemas de terrorismo, a começar pelos da sua própria terra que já existiam ainda os talibãs só pensavam em arranjar pasto para as cabras. Mas não resolveu. A Alemanha de há muito que sofre os efeitos de brigadas terroristas e o senhor Höppner não soube ou não quis resolver a questão. Mas, aparentemente, agora sim. Ele acha que consegue. Dá o lugar de honra ao inimigo, negoceia e voilá. Terrorismo resolvido.
Sorrio com a facilidade com que a esquerda gosta de fazer citações, supostamente aglutinadoras ou justificativas de um conjunto de acções que, segundo a mesma esquerda trariam a paz e justiça ao mundo, não fossem os interesses estratégicos do grande capital. E para isso vai-se buscar um nome qualquer, neste caso um presidente de um congresso de uma igreja, mas serve qualquer coisa de impacto semelhante. Não se vai buscar o chefe de cozinha do Ritz, claro, nem o regente da orquestra de sopro da Guarda Republicana de Cebolais do Meio. Convém qualquer coisa sonante. No caso em apreço, um presidente de um congresso de uma Igreja vai muito bem, ajuda até a criar aquela ideia de que a esquerda agnóstica, plural, tolerante e democrática, está sempre pronta a ouvir a opinião dos profissionais da fé.
Claro que o presidente do Congresso da Igreja não resolve terrorismo nenhum. Terão que ser os mesmos de sempre. Mas que citações destas caiem muito bem e dão uma sensação de dever cumprido e superioridade moral, dão.
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Etiquetas: bloggers, dormir com o inimigo, terrorismo
7 Comments:
[comentário completamente fora de contexto:
... recebi os teus e-mails, e das duas vezes respondi ... continuas a receber e-mails em branco? ...]
Beijinhos, em branco,
Sinapse
sinapse
Recebi e tinhas razão. Mudei para azul e lá estava o teu texto. Mas o importante mesmo era que recebesses as felicitações e que tivesses passado um dia feliz, em absoluto New York state of mind :)
beijinhos a azul :)
Speakers at the ecumenical gathering, which included Chancellor Angela Merkel, President Horst Köhler and Nobel Prize laureate Muhammad Yunus as well as numerous German Protestant Church leaders, focused not only on faith but also on some of the same political issues that were discussed at the Group of Eight summit that took place simultaneously in Heiligendamm.
Ver mais em:
German Church Leaders Call for Dialogue With Terrorists
Meu caro António
Eu leio centenas de pieces and bits sobre este assunto. A chamada igreja progressista não quer perder a passada naquilo que acha ser o pensamento e o procedimento correctos. Não vejo qualquer significado na interferência de uma igreja, seja ela qual for, em matérias políticas. Habituei-me, aliás, a demasiadas intromissões da igreja católica na vida política em África, por exemplo, como recentemente acontecia com a comunidade de St Egídeo na guerra civil em Moçambique.
De resto, a resposta a esta iniciatica da igreja protestante alemã veio de imediato em letra de forma pelo "chairman of Germany's Central Council of Muslims, Ayub Axel Köhler, que acusou a Igreja Protestante Alemã de islamofobia e arrogância !!!...Não sou eu que digo, é a propria notícia da Deutche Welle que tu mencionas.
Pior que a Igreja, só mesmo uma igreja progressista. Sempre assim foi, de resto tivemos exemplos claros no nosso Prec, descontados o grau de tibieza e forma pífia de fazer as coisas, à la mode de chez nous. Mas a essência é a mesma.
Portanto, não creio que o teu comentário altere uma vírgula ao que referi. E quanto ao Prémios Nobel (parece que tabém lá estava um...) ainda agora tivemos ocasião de verificar o que é que Saramago defende. Nada mais nada menos que a insurreição popular contra a esquerda estúpida, palavras dele...que agora acha que a esquerda é mais estúpida que a direita.
Esta gente precisaria de tratamento urgente. Enquanto não se tratam vão complicando a vida às pessoas...
Um abraço para ti.
Só mais uma coisa. Diverte-me imenso ver como a esquerda insiste em ir buscar aliados ao clero, sempre que que lhe interessa...
Caro Espumante
A frase citada tem o seu quê de ofensivo para com os muçulmanos, não em si própria, mas pela ampla identificação feita administração Bush entre muçulmanos e terroristas. É nessa óptica que interpreto o descontentamento que referes.
Mas não deixa de manifestar um posicionamento do conjunto da principal igreja alemã al revés daquela administração, tanto mais de realçar quanto é certo que a outra igreja, a católica, desde que o novo papa tomou posse, deixou cair esse assunto da agenda.
Vou contar-te outra coisa: a ideia que fazes das relações entre esquerda e religião é demasiado simplória. O mesmo se pode dizer entre esquerda e luta pela paz.
E, já agora: não estarás a levar demasiado longe o teu conceito de auto-entretenimento? Às vezes as tuas palavras parecem-me mais expressivas de amargura que de contentamento.
Um abraço
PS: estás livre de comentar no nosso sítio (só para lembrar).
antonio chaves ferrao
No fundo, no fundo, o que eh que ha de novo num clerigo abelhudo achar que tem a chave dos grandes problemas da humanidade? Nada, claro. So pasmo eh como eh que gente inteligente se agarra a estas tiradas, num mixto de esperança (pela paz) e de reprovaçao pela forma como os assuntos sao tratados (leia-se os americanos).
Ja agora. A Igreja Catolica nao tirou nada da agenda. penso ateh que Ratzinger tomou uma acçao muito clara sobre o fenomeno do terrorismo. Que alias lhe custou criticas severas. Por outro lado, terei que aceitar a tua critica de que faço uma apreciaçao simploria (eu acho que querias dizer simplista, a nao ser que me estejas a chamar estupido...), cada um acha o que entender da simplicidade dos outros.
Finalmente, a foma como me entretenho aqui no blog nao tem um padrao especial para alem daquele que cito no template. Auto-entretenimento. O que nao impede que me entretenha a comentar temas ou assutos que mereçam a minha discordancia.
Um abraço
simplista
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