segunda-feira, junho 04, 2007

Parasitas da liberdade


[1790]



Ainda sobre os incidentes em Rostock, ler Filipe Nunes Vicente no Mar Salgado:



"...Esta negação - por desonestidade intelectual ou por subserviência - da violência das esquerdas é tão mais patética quando se conhece a história do terrorismo europeu dos últimos 40 anos, para não falar das matanças que todos os projecto utópicos tiveram que fazer para atingir (?) os seus objectivos. É justo dizer que existem esquerdas que há muito despediram esta escatologia macabra, que lutam por coisas com as quais facilmente me identifico.Mas nem é isso que incomoda. O que deixa um amargo na boca é que esta negação da violência revela a parte do pensamento de esquerda que abomino. Desde logo, a superioridade arrogantemente salvífica: somos perfeitos, o Inferno são os outros ( os fascistas, os Pinochet, os Franco etc). Depois, e muito pior, é uma esquerda que sabe o que é melhor para mim se eu fosse diferente daquilo que sou; é uma esquerda que, embora vivendo parasitariamente entre os ramos da liberdade, tem sempre um machado na mão.*



Agora ( edição de 4 de Junho) são "espontaneístas". Vale tudo o que acabe em "istas" menos "esquerdistas. É o que eu digo, esta gente é ungida..."


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