Gone fishing mood
[1795]
Amanhã é feriado, estamos na casa dos trinta graus e eu tenho de trabalhar. Em casa, mas trabalhar, por força de problemas inadiáveis que não se compadecem com florestrias de calendário. Não há muito tempo atrás, os feriados, fins-de-semana compridos ou quaisquer períodos de lazer eram aproveitados em pleno, com o mar alto, sol e sal como elementos principais de uma vida que dificilmente voltarei a desfrutar.
Tem de haver uma razão qualquer para que eu me sinta mergulhado num ciclo inverso àquele que sempre pensei ser o corolário da evolução normal das pessoas que trabalham. Leia-se, avançar na idade e regredir na quantidade e intensidade de trabalho. Que é, exactamente o que não se está a passar comigo. Se há dez anos atrás eu não aproveitasse um feriado á Quinta para me meter no barco e ir para a Inhaca à Quarta, para regressar no Domingo após algumas sessões de pesca de alto mar, mergulho, ski e muitas horas de sol entranhado na pele a fazer-me as sardas (que hoje me parecem ridículas, muito castanhas nuns ombros cada vez mais brancos…), alguma coisa iria mal no meu reino. Hoje, não só não vou apanhar sol como dou comigo a reparar que amanhã é feriado mas que tenho de estar com não sei quem, falar não sei para onde e dar um pulo ao escritório já nem sei bem para quê.
Algo vai mal. Será a “isto” que os americanos chamam um “loser”? Deveria eu ter seguido uma carreira de funcionário público (no offense) e ficar amanhã a ler a Bola, ir comer um cozido à Malveira, dar a voltinha saloia, regressar a casa para me enchouriçar de televisão e, horror, convencer-me que tinha passado um feriado porreiro?
Amanhã é feriado, estamos na casa dos trinta graus e eu tenho de trabalhar. Em casa, mas trabalhar, por força de problemas inadiáveis que não se compadecem com florestrias de calendário. Não há muito tempo atrás, os feriados, fins-de-semana compridos ou quaisquer períodos de lazer eram aproveitados em pleno, com o mar alto, sol e sal como elementos principais de uma vida que dificilmente voltarei a desfrutar.
Tem de haver uma razão qualquer para que eu me sinta mergulhado num ciclo inverso àquele que sempre pensei ser o corolário da evolução normal das pessoas que trabalham. Leia-se, avançar na idade e regredir na quantidade e intensidade de trabalho. Que é, exactamente o que não se está a passar comigo. Se há dez anos atrás eu não aproveitasse um feriado á Quinta para me meter no barco e ir para a Inhaca à Quarta, para regressar no Domingo após algumas sessões de pesca de alto mar, mergulho, ski e muitas horas de sol entranhado na pele a fazer-me as sardas (que hoje me parecem ridículas, muito castanhas nuns ombros cada vez mais brancos…), alguma coisa iria mal no meu reino. Hoje, não só não vou apanhar sol como dou comigo a reparar que amanhã é feriado mas que tenho de estar com não sei quem, falar não sei para onde e dar um pulo ao escritório já nem sei bem para quê.
Algo vai mal. Será a “isto” que os americanos chamam um “loser”? Deveria eu ter seguido uma carreira de funcionário público (no offense) e ficar amanhã a ler a Bola, ir comer um cozido à Malveira, dar a voltinha saloia, regressar a casa para me enchouriçar de televisão e, horror, convencer-me que tinha passado um feriado porreiro?
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Etiquetas: gone fishing mode, lazer
6 Comments:
Amanhã é feriado?...
De quê?
Beijola.
Assim é a vida!
;)
Beijinhos, solidários, no trabalho,
Sinapse
Está-me precisamente a acontecer a mesma coisa. Tenho trabalhado em feriados e fins-de-semana como nunca. Marquei umas férias para estes dias e mesmo assim já tenho uma coisa para fazer amanhã.
Daí que a procura de trabalho em África talvez tenha a sua razão de ser:)
Abraço
carlotaJá te expliquei. Ficam apenas as beijolas
:)
sinapse
Não era bem assim que ele dizia. Era "é a vida"...
beijinhos correctores
:)
bekx
É uma questão de respirar fumo e... off you are
:)
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