"Iam comendo tudo...e não deixavam nada"
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Um rápido update pela blogoesfera proporcionou-me este texto sobre o que há uns dias atrás eu desejaria ter escrito relativamente à “genialidade” de Zeca Afonso, a quem a prestável e politicamente intocável RTP dedicou um programa de duas horas e meia, como aqui assinalei:
José Afonso era um defensor da revolução armada, da ditadura do proletariado e dos princípios perigosamente lunáticos da esquerda mais radical, glorificando a acção política violenta em várias das suas canções, nas quais propunha, por exemplo, "atirar aos fascistas de rajada". Empenhou-se no PREC ao ponto de se afastar da vida musical e andou envolvido nas demenciais campanhas de "dinamização cultural" do MFA. Cantou no RALIS na noite do 11 de Março, defendeu as arbitrariedades e ilegalidades da Reforma Agrária, esteve com os pára-quedistas de Tancos no 25 de Novembro, apoiou Otelo Saraiva de Carvalho e os presos terroristas do PRP. Ontem, 20 anos depois da sua morte, os media portugueses não se cansaram de repetir que José Afonso foi "um símbolo da liberdade". (In Jantar das Quartas, via O Insurgente)
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Um rápido update pela blogoesfera proporcionou-me este texto sobre o que há uns dias atrás eu desejaria ter escrito relativamente à “genialidade” de Zeca Afonso, a quem a prestável e politicamente intocável RTP dedicou um programa de duas horas e meia, como aqui assinalei:
José Afonso era um defensor da revolução armada, da ditadura do proletariado e dos princípios perigosamente lunáticos da esquerda mais radical, glorificando a acção política violenta em várias das suas canções, nas quais propunha, por exemplo, "atirar aos fascistas de rajada". Empenhou-se no PREC ao ponto de se afastar da vida musical e andou envolvido nas demenciais campanhas de "dinamização cultural" do MFA. Cantou no RALIS na noite do 11 de Março, defendeu as arbitrariedades e ilegalidades da Reforma Agrária, esteve com os pára-quedistas de Tancos no 25 de Novembro, apoiou Otelo Saraiva de Carvalho e os presos terroristas do PRP. Ontem, 20 anos depois da sua morte, os media portugueses não se cansaram de repetir que José Afonso foi "um símbolo da liberdade". (In Jantar das Quartas, via O Insurgente)
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Etiquetas: me worry?, zeca afonso
4 Comments:
Um dia hás-de explicar-me como diabo se faz um rápido update na blogosfera! Lês na diagonal ou quê? :)
É que a mim, os updates levam-me horas!
Maçada, maçada, é ver como parece incomodar uma certa ala política que se celebre Zeca Afonso enquanto acham normal que se engulam documentários sobre o Salazar. Digo eu, que entre os dois nunca teria qualquer dúvida em escolher...
Carlota
A mim, também :) E ontem, mesmo na diagonal, passei por aqui umas boas uas horas. E tu foste a causa de uma boa parte delas :)
Beijola
hipatia
Desculpar os erros de alguém com os erros, ou mesmo atrocidades, de outros é uma prática corrente da esquerda. Autóctone e alienígena. É um bocadinho assim como... fulano é um f da p mas sicrano é filho de um comboio de p, por isso não levemos a mal.
Por outro lado, não me parece que se glorifique Salazar, como dizes. Anda por aí um programa de TV onde o ditador aparece bem colocado mas toda a gente sabe que o facto de dois ditadores liderarem as tendências de voto deve-se à militância de cada um dos respectivos algozes :)
Que te dizer mais minha amiga? Apenas que reitero a minha opinião de que Zeca Afonso era um inegável músico e intérprete mas que me mete impressão como é que 33 anos depois do 25 de Abril ainda a ele nos referimos como exemplo de forma de vida que não foi. Ou melhor, foi, mas num sentido que de todo me causa repugnância. Mas sabes que mais? Depois do espectáculo de hoje pelas ruas de Lisboa, já não me surpreende esta forma de guevarismo nacional - a glorificação de um torcionário violento, mesmo que com alma de poeta e voz maviosa.
Beijinho amigo para ti
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