A eterna questão
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Um exercício recorrente é libertar e alimentar uma corrente de pensamento que nos ataca a todos, sem excepção, de que o homem pauta todas as suas atitudes e reflexões com o fim último de sacar uma miúda. Ou uma gaja. Para usar esta terminologia pós moderna - temos que nos habituar e juro que o faço sem qualquer ideia de que, fazendo-o, poderei sacar “alguma”...
Ontem, por exemplo, na reunião de blogues no masculino e no feminino, o “sacar uma gaja” foi uma das expressões vindas a lume e pelas mulheres, como não podia deixar de ser. À partida um homem que é homem (esta expressão "homem que é homem" é absolutamente extraordinária) não “diz” que faz isto ou aquilo para sacar uma gaja. Saca, period. Agora… o que me parece de flagrante injustiça é aquele ar pejorativo, moral e intelectualmente superior com que as mulheres abordam talvez o mais antigo instinto humano, sobretudo numa altura em que sacar uma gaja começa a ser um desiderato mais ou menos condenado a uma reminescência museológica, qualquer coisa, como, sei lá… uma foto de uma homem a oferecer uma flor a uma mulher e uma legenda do tipo “No tempo em que os homens gostavam de sacar uma gaja”. Insisto. É pejorativo, é injusto, é cruel catalogar a expressão mais masculina e, do ponto de vista feminino, mais desejável, como um mero acto de prolongamento do períneo (para não dizer do pénis, como ontem a Sofia nos acusou). Pois se conquistar uma mulher, com graça, humor, charme e elegância continua a ser, do meu ponto de vista, um inestimável serviço não só à nossa mui nobre condição masculina mas também, e sobretudo, à realização última da mulher, não vejo porque uma postura (desculpem esta da postura, mas acabei de ouvir o Gabriel Alves ali na TV – a propósito… eu até acho que isto tem tudo “a haver” com os homens de per se, não estou a ver o Gabriel Alves a tentar sacar uma gaja contando-lhes uma história de um remate enviesado, tenso ao primeiro poste, ou se calhar…até pode funcionar) predadora deva ser sinónimo de mente abstrusa quando afinal, a mulher, em última análise, gosta de sentir-se como presa. Está-lhe nas tripas e não é preciso psicanálise porra nenhuma (desculpem este “porra nenhuma”, mas ouvi a Rititi ontem durante muito tempo) para o perceber. Em última (e mesmo em primeira) análise, é uma história velha como o mundo e nada há a fazer. E ainda bem.
Agora que existem formas absolutamente cretinas de “sacar uma gaja”, aceito e concordo. Mas isso, minhas queridas, depende de vós. Com a vossa habitual argúcia e capacidade selectiva inata, cabe-vos separar um flirt inteligente, um piropo com graça, um olhar cúmplice e outras particularidades que os homens por vezes sabem usar de uma lista mais extensa e que me inibo de citar, não vá pensar-se que estou aqui a tentar "sacar alguma gaja", do dichote boçal e sem graça. O mal é que muitas vezes, são as mulheres, elas próprias, que se vidram em qualquer coisa do género “se a menina fosse uma central eléctrica já me se me tinham fundido os fusíveis e/ou outras manifestações “inteligentes” de caça-gajas e, aí, está tudo estragado. Porque enquanto houver quem ache graça a este tipo de manifestações, "sacar gajas" continuará ser o desporto favorito, mesmo que subconsciente, de muitos gajos que eu conheço.
Nota: esta é a minha modesta contribuição para um debate que poderia e deveria ter sido mais esmiuçado ontem na Almedina. Mas a Rititi e a Sofia, de forma soberba, não deixaram. Ou porque não estava ali ninguém para rebater a coisa, embora eu reconheça que a coisa rebatida é sempre vexatória, quer para homens quer para as mulheres. O Francisco deu algumas respostas inteligentes, mas soçobrou ingloriamente com a intervenção de um kamikaze qualquer que por lá apareceu a falar de censura e de revoluções. Na volta, aquilo era só para sacar uma gaja…
Um exercício recorrente é libertar e alimentar uma corrente de pensamento que nos ataca a todos, sem excepção, de que o homem pauta todas as suas atitudes e reflexões com o fim último de sacar uma miúda. Ou uma gaja. Para usar esta terminologia pós moderna - temos que nos habituar e juro que o faço sem qualquer ideia de que, fazendo-o, poderei sacar “alguma”...
Ontem, por exemplo, na reunião de blogues no masculino e no feminino, o “sacar uma gaja” foi uma das expressões vindas a lume e pelas mulheres, como não podia deixar de ser. À partida um homem que é homem (esta expressão "homem que é homem" é absolutamente extraordinária) não “diz” que faz isto ou aquilo para sacar uma gaja. Saca, period. Agora… o que me parece de flagrante injustiça é aquele ar pejorativo, moral e intelectualmente superior com que as mulheres abordam talvez o mais antigo instinto humano, sobretudo numa altura em que sacar uma gaja começa a ser um desiderato mais ou menos condenado a uma reminescência museológica, qualquer coisa, como, sei lá… uma foto de uma homem a oferecer uma flor a uma mulher e uma legenda do tipo “No tempo em que os homens gostavam de sacar uma gaja”. Insisto. É pejorativo, é injusto, é cruel catalogar a expressão mais masculina e, do ponto de vista feminino, mais desejável, como um mero acto de prolongamento do períneo (para não dizer do pénis, como ontem a Sofia nos acusou). Pois se conquistar uma mulher, com graça, humor, charme e elegância continua a ser, do meu ponto de vista, um inestimável serviço não só à nossa mui nobre condição masculina mas também, e sobretudo, à realização última da mulher, não vejo porque uma postura (desculpem esta da postura, mas acabei de ouvir o Gabriel Alves ali na TV – a propósito… eu até acho que isto tem tudo “a haver” com os homens de per se, não estou a ver o Gabriel Alves a tentar sacar uma gaja contando-lhes uma história de um remate enviesado, tenso ao primeiro poste, ou se calhar…até pode funcionar) predadora deva ser sinónimo de mente abstrusa quando afinal, a mulher, em última análise, gosta de sentir-se como presa. Está-lhe nas tripas e não é preciso psicanálise porra nenhuma (desculpem este “porra nenhuma”, mas ouvi a Rititi ontem durante muito tempo) para o perceber. Em última (e mesmo em primeira) análise, é uma história velha como o mundo e nada há a fazer. E ainda bem.
Agora que existem formas absolutamente cretinas de “sacar uma gaja”, aceito e concordo. Mas isso, minhas queridas, depende de vós. Com a vossa habitual argúcia e capacidade selectiva inata, cabe-vos separar um flirt inteligente, um piropo com graça, um olhar cúmplice e outras particularidades que os homens por vezes sabem usar de uma lista mais extensa e que me inibo de citar, não vá pensar-se que estou aqui a tentar "sacar alguma gaja", do dichote boçal e sem graça. O mal é que muitas vezes, são as mulheres, elas próprias, que se vidram em qualquer coisa do género “se a menina fosse uma central eléctrica já me se me tinham fundido os fusíveis e/ou outras manifestações “inteligentes” de caça-gajas e, aí, está tudo estragado. Porque enquanto houver quem ache graça a este tipo de manifestações, "sacar gajas" continuará ser o desporto favorito, mesmo que subconsciente, de muitos gajos que eu conheço.
Nota: esta é a minha modesta contribuição para um debate que poderia e deveria ter sido mais esmiuçado ontem na Almedina. Mas a Rititi e a Sofia, de forma soberba, não deixaram. Ou porque não estava ali ninguém para rebater a coisa, embora eu reconheça que a coisa rebatida é sempre vexatória, quer para homens quer para as mulheres. O Francisco deu algumas respostas inteligentes, mas soçobrou ingloriamente com a intervenção de um kamikaze qualquer que por lá apareceu a falar de censura e de revoluções. Na volta, aquilo era só para sacar uma gaja…
Na foto: O meu sistema de "engate"
14 Comments:
Será que vou parar de rir?
Eu gostava desse tempo em que os homens sacavam as gajas com bons modos. Agora eu acho que são as gajas que sacam os gajos. Ou não????
Beijinhos para ti, Espumante, sempre divertido!
... e tu achas que nós metemos tudo no mesmo saco, que não sabemos distinguir? Ora, espumante... francamente. Além disso, a expressão foi só para lançar a confusão, não era para ser levada à letra (embora não ande longe da verdade, na verdade).
;)
Um beijinho!
Madalena
Por vezes torna-se indiferente sobre quem é quem engata quem - desde que se engate :)))
beijinho para ti
Vieira
Eu não acho nada minha querida amiga. Diverti-me imenso com o tema, com a forma e com os intervenientes. E continuei a divertir-me postando por aqui umas coisistas sobre o mesmo tema. Não quiz significar nada de especial, nem tu me tomes muito a sério, para isso já chega um grupo de pessoas todos os dias para quem tenho de ser sério e que me leva muito a sério também :))))
Um beijinho para ti e...ahhh estavas muito bonita ontem!
:)
O Espumante a sacar a gaja (Vieira)! Tá bonito, tá.
Mas eu também estava a brincar, espumante! Um tema destes não pode ser levado de todo muito a sério, sob pena de ficarmos a falar sozinhos...
;)
(olha, estou farta de rir com o comentário supra deste teu anónimo...LOL!)
Estou chocada! Tu desculpa, Espumante, mas aquele teu sistema de engate não é na retaguarda da viatura?
:)))
Quanto ao "sacar a gaja", ainda estou para perceber porque há tantas que refilam quando os gajos nem as olhas nos olhos mas, depois, não sabem sair de casa sem o wonderbra. Todos tentamos sempre "sacar" alguma coisa, pouco importa que seja feito com sensibilidades distintas. Conversa de pescadinha de rabo na boca...
Anónimo das 02:22
Isto foi a inércia do "Encontro". Passa a inércia, volta tudo ao normal!
Hipatia
É... mas reboca!
Ó gaija do Norte, então vens falar-me de pescadinhas de rabo na boca agora, quando ainda acabei de me levantar? :)
Beijinho para ti e estava na altura de apareceres cá por baixo a discutir tão candentes problemas. Já que aí pela Invicta vos falece a imaginação :)))
Beijinhos
Tens razão, Espumante. Aqui na Invicta há muito que nos dedicamos a coisas mais prolixas do que discutir o sexo dos anjos :P
Hipatia
Adoro ver-te furiosa:)))
Acho que, hoje em dia, somos todos presa e predador.
Nunca fui alvo de predadoras mas a maior parte dos gajos que tentam "sacar gajas" são, na verdade, um desastre.
Com a técnica do armar-em-engraçadinho apenas conseguem sacar suspiros...
Engates inteligentes, precisam-se!
Please....
Rita Rabiga
"Engates inteligentes precisam-se. Please".
Pela parte que me toca... vou ver o que se pode fazer...
:)
Sr. Champanhe, nao me lembro como vim aqui parar, mas interessa q concordo com esta historia que um homem ha que o ser! E a gaja q nao diga q nao gosta, que é mentira... O que bem escreves fez me remeter ao post "A metrossexualidade do outro" no meu bloguito.. ca fica o link em jeito de solidariedade. Beijinhos!
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