A licenciosidade de Dante
[775]
"Il tristo sacco
Che merda fa di quel che si trangugia"
Usando as palavras de Vasco Graça Moura, "o florentino (Dante) chega a ver as tripas de Maomet numa metáfora de sórdida abjecção fecal".
Lendo o artigo todo na edição de hoje do DN, espantamo-nos mais ainda (se possível) com as declarações de Freitas do Amaral. A diplomacia obriga, frequentemente, a jogos de cintura que são até facilmente perceptíveis pelo comum dos mortais (leia-se a vulgata dos não diplomatas). Mas Freitas não foi diplomata. Revelou uma mistura perigosa de salazarismo e de uma requentada esquerda de esferovite para justificar a sua (dele) posição sobre as caricaturas de Maomet. Pode parecer heréctica, esta associação de Salazar a uma esquerda que vai vegetando na sua própria obsolescência, mas quem tiver mais de 50 anos perceberá melhor o que estou a dizer.
Em nenhum caso é tolerável que se afirme que "as caricaturas incitam a uma inaceitável guerra de religiões e ofende as crenças ou sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos. Que a liberdade sem limites é licenciosidade e que a liberdade de expressão deve respeitar a religião. Que no caso dos muçulmanos é a figura de Maomet assim como para os católicos são as figuras de Cristo e da sua Mãe, a Virgem Maria".
De duas uma: Ou Freitas do Amaral vive na maior confusão e mistura tudo (o que não acredito, porque é um homem experiente e de sólidos conhecimentos e cultura), ou mistura diplomacia com uma forma barroca de marcar internacionalmemte a (saloia) posição portuguesa, pensando que está a fazer uma linda figura, ao mesmo tempo que uma vez mais nos passa um atestado de imbecilidade.
"Il tristo sacco
Che merda fa di quel che si trangugia"
Usando as palavras de Vasco Graça Moura, "o florentino (Dante) chega a ver as tripas de Maomet numa metáfora de sórdida abjecção fecal".
Lendo o artigo todo na edição de hoje do DN, espantamo-nos mais ainda (se possível) com as declarações de Freitas do Amaral. A diplomacia obriga, frequentemente, a jogos de cintura que são até facilmente perceptíveis pelo comum dos mortais (leia-se a vulgata dos não diplomatas). Mas Freitas não foi diplomata. Revelou uma mistura perigosa de salazarismo e de uma requentada esquerda de esferovite para justificar a sua (dele) posição sobre as caricaturas de Maomet. Pode parecer heréctica, esta associação de Salazar a uma esquerda que vai vegetando na sua própria obsolescência, mas quem tiver mais de 50 anos perceberá melhor o que estou a dizer.
Em nenhum caso é tolerável que se afirme que "as caricaturas incitam a uma inaceitável guerra de religiões e ofende as crenças ou sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos. Que a liberdade sem limites é licenciosidade e que a liberdade de expressão deve respeitar a religião. Que no caso dos muçulmanos é a figura de Maomet assim como para os católicos são as figuras de Cristo e da sua Mãe, a Virgem Maria".
De duas uma: Ou Freitas do Amaral vive na maior confusão e mistura tudo (o que não acredito, porque é um homem experiente e de sólidos conhecimentos e cultura), ou mistura diplomacia com uma forma barroca de marcar internacionalmemte a (saloia) posição portuguesa, pensando que está a fazer uma linda figura, ao mesmo tempo que uma vez mais nos passa um atestado de imbecilidade.
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