quarta-feira, maio 17, 2017

Ad nauseum



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Ontem ouvi o comentário de José Miguel Júdice na TVI24. O tema era a sorte. Existência ou não de.

Júdice apresentou três exemplos típicos de sortudos, Macron, Marcelo e Costa e defendeu uma tese pessoal de que a sorte existe, independentemente do mérito, dando estes três homens como exemplos vivos e recentes de sorte.  Há personagens com mérito a quem as coisas correm mal (azar) e personagens sem préstimo a quem as coisas correm bem (sorte), era o mote de Júdice. 

E foi baseado neste princípio que Júdice estabeleceu uma tese, de resto interessante e consistente com vários episódios das pessoas citadas, sobre o facto incontornável dum fenómeno subjectivo, como a sorte.

E foi patético perceber em José Alberto Carvalho, por via de repetidas insinuações e logo que se falou em Costa, a ideia de que a sorte é sempre indissociável do mérito. Júdice, de resto, acho que nem reparava bem na insistência do “pivot” e permanecia na explanação da sua tese sobre a existência de sorte. Mas JAC insistia. E Júdice contrapunha. E a cena atingiu raias de idiotia ao perceber-se a perseverança de JAC no mérito de Costa, sem o qual ele não teria sorte.

No fim do programa perguntei-me porque diabo uma personalidade menor, trafulha e mentirosa, como Costa, consegue arregimentar estes defensores, e são vários, que insistem numa atitude laudatória sobre Costa. E não consigo entender. Provavelmente tenho o azar de não perceber. Ou a sorte, sabe-se lá…


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