domingo, abril 10, 2016

Tão simples (mas provavelmente difícil) de entender…





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«...Há a rábula dos regimes "progressistas" implicados, prova cabal de que o desprezo pela lógica do capital termina onde começa a possibilidade de ganhar uns trocos...»

«...Há a rábula do sr. Almodóvar, o cineasta cuja obra encerra subtis críticas ao consumismo e cuja vida abraça o dito sem subtilezas...»

«...Há a rábula do Expresso, que tarda em divulgar os "ex-ministros" metidos nisto...»

«...Enquanto as boas almas se horrorizavam com os Panama Papers, em Portugal o governo prometia apostar jovialmente o fundo da Segurança Social em "reabilitação urbana", leia-se entregar os descontos de todos a um punhado de construtores amigos...»

«...a tradição é justamente essa, a de o Estado achar que os cidadãos e as empresas são clinicamente incapazes de gastar o próprio dinheiro com juízo...» 

«...As terríveis offshores da lenda são, afinal, territórios que optaram por não sujeitar as pessoas a saques regulares e "legítimos"...»

«...atraem o ódio dos socialistas dos vários partidos, genuinamente convencidos de que as fortunas seriam bem melhor aplicadas na satisfação de compinchas e na compra de votos...»

«...A abolir alguma coisa, antes o socialismo. Não é por nada, mas tendo a simpatizar mais com instituições que respeitam o meu dinheiro do que com aquelas que mo subtraem...»

Alberto Gonçalves tem a grande virtude de saber dizer aquilo que toda a gente sabe mas que poucos ousam admitir. Preferem alinhar na idiotia corrente. Porque é que é assim, não sei, mas é. Por mim, vou degustando o Alberto Gonçalves aos Domingos (curiosamente há poucos referências ao cronista, apesar dos múltiplos shares e likes). Foi o que fiz hoje e, pegando no tema, vou ali tomar a bica da manhã ao café onde, livre e democraticamente fantasio sobre um par de salutares bofetadas que gostaria de aplicar em meia dúzia de fulanos.


Ler a crónica toda aqui.



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