sábado, dezembro 21, 2013

A pedra professoral


[5049]

Confesso que mantenho algumas reservas e dúvidas sobre a atribuição do cheque-ensino. Ainda penso que esse dinheiro poderia ser usado de forma mais abrangente na melhoria do ensino público, mas um considerável número dos professores que temos vai-se encarregando de me convencer do contrário.

Na verdade, desde manifestações de professores com Ches no peito e postura menchevique, passando pelo eterno Nogueira a queimar papéis e berrando as cassetes do costume, até às recentes e chocantes imagens de professores forçando entradas, partindo vidros, invadindo salas de escolas onde as provas de avaliação se processavam, rasgando provas, berrando e entoando «grândolas», «a luta continua», «professores unidos jamais serão vencidos» e «esta escola não é tua, Crato para a rua», vi de tudo um pouco e compreendi que muitos pais haverá que gostariam de poupar os seus filhos à acção deste gentinha graduada que acha que um diploma é um contrato de trabalho vitalício entre o Estado e eles próprios, para além de que as criancinhas têm de ser inoculadas, de pequeninas, com a revolução.

Foram imagens degradantes as que fui vendo ao longo destes dias. Quanto à natureza das provas, vi o conteúdo de algumas. E se muitas delas me pareceram mais ou menos aviltantes pelo conteúdo demasiado simples para ser questionado a professores, por outro talvez nos surpreendêssemos pela quantidade daqueles que não saberiam resolver os problemas apresentados. Quiçá, até, redigir as respostas, tantas têm sido as vezes que já vi professores escrever tipo já brincaste, brincás tracinho te…

*
*

Etiquetas: , , ,