quinta-feira, dezembro 12, 2013

Chora terra bem amada


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Mesmo fora, não deixei, aqui e ali, de dar um «oftálmica» a blogues e FB. Neles fui vendo que tudo aqui pela paróquia continuava cada vez mais na mesma. Mandela dominava a situação, claro, provocando uma monumental masturbação colectiva a nível nacional e os preclaros comentários dos omnipresentes «tudólogos» que mostram não perceber nada do que foi a luta de Mandela e do contexto da sua acção, condicionada pela União Soviética, até à sua extraordinária argúcia, realismo e carácter ao perceber que, após a sua libertação, o caminho de pacificação era o caminho que se exigia.

Mas as lusas carpideiras dos costumes mostraram à saciedade a sua verdadeira natureza, enquanto o éter nacional se enchia de quilociclos sentidos, emitidos pelos nossos paineleiros habituais. Fui vendo, aqui e ali. Só não sei a Fatinha alinhou. Mas se o não fez, um dia destes chama o Boaventura e faz um programinha dos dela. E tenho a certeza que se Mandela pudesse ter visto e ouvido tudo o que se passou ficava mais ou menos embaraçado.

Para os mais distraídos: Um idiota, que não conheço, fez um comentário anónimo, pretendendo que o título deste post era a gozar com Nelson Mandela. Muito gente terá lido o best seller de Alan Paton, uma obra publicada em 1948 e levada ao cinema uns anos depois com a interpretação de Sidney Poitier. Só que, geralmente, os idiotas não lêem.

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