Agora é a Maternidade Alfredo da Costa
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O governo fez contas, analisou a situação, discutiu com quem achou que devia discutir e decidiu fechar a Alfredo da Costa.
Mas «A» nasceu lá em 1937, imagine-se e, por isso, não aceita que feche porque a decisão é muito economicista. «B» não só nasceu lá como a neta também e, por isso, o governo não pode brincar com o povo.
E entre outros nascituros de outras décadas, todos irmanados na gloriosa condição de terem vindo ao mundo na vetusta instituição aparecem os preocupados do costume, uma Rita Rato do PCP ou um João Semedo, do Bloco (este com a feliz coincidência de ser médico e, naturalmente, dever estar por dentro da coisa) dizem também «não aceitar o fecho» porque o povo não gosta nem concorda e esta rapaziada de voto mais ou menos residual tem de aparecer na TV sempre que puder. Há até, (eu seja ceguinho) uma comissão ou uma plataforma de utentes (presumo que abrange utentes da maternidade, da ponte 25 de Abril, da A25, da banca de peixe do mercado de Arroios e de outras amenidades, que nisto de usar e achar estamos para as curvas) cuja porta-voz diz que o governo acha que deve fechar, mas ela (esgar) não acha. E todos nós sabemos como a força das nossas convicções se alicerça no que nós achamos. Foi quando bastou para se fazer cordões humanos, gente de mão dada, cantando palavras de ordem e alguém gritava que não se mata o sítio onde se nasceu.
Felizes de nós que continuamos a dispor de mentes brilhantes em corpos abnegados, sobretudo não economicistas e pensando nas pessoas que acham que. As reportagens e os directos vão saltitando entre mães convictas empurrando carrinhos de bebé, idosos de expressão nostálgica, homens e mulheres solidários, todos achando imenso de cada vez que o governo ache qualquer coisa que lhes suscite petições (um «utente» com cerca de 20 anos mostrava-se espantado com as duas mil adesões no Facebook), cordões humanos, palmas e cartazes que digam qualquer coisa que acabe invariavelmente em a luta continua.
Sempre achei que ser prior nesta freguesia é muito, mas muito complicado. E que trabalhar para a comunicação social neste país é tão giro como ter um mini.
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O governo fez contas, analisou a situação, discutiu com quem achou que devia discutir e decidiu fechar a Alfredo da Costa.
Mas «A» nasceu lá em 1937, imagine-se e, por isso, não aceita que feche porque a decisão é muito economicista. «B» não só nasceu lá como a neta também e, por isso, o governo não pode brincar com o povo.
E entre outros nascituros de outras décadas, todos irmanados na gloriosa condição de terem vindo ao mundo na vetusta instituição aparecem os preocupados do costume, uma Rita Rato do PCP ou um João Semedo, do Bloco (este com a feliz coincidência de ser médico e, naturalmente, dever estar por dentro da coisa) dizem também «não aceitar o fecho» porque o povo não gosta nem concorda e esta rapaziada de voto mais ou menos residual tem de aparecer na TV sempre que puder. Há até, (eu seja ceguinho) uma comissão ou uma plataforma de utentes (presumo que abrange utentes da maternidade, da ponte 25 de Abril, da A25, da banca de peixe do mercado de Arroios e de outras amenidades, que nisto de usar e achar estamos para as curvas) cuja porta-voz diz que o governo acha que deve fechar, mas ela (esgar) não acha. E todos nós sabemos como a força das nossas convicções se alicerça no que nós achamos. Foi quando bastou para se fazer cordões humanos, gente de mão dada, cantando palavras de ordem e alguém gritava que não se mata o sítio onde se nasceu.
Felizes de nós que continuamos a dispor de mentes brilhantes em corpos abnegados, sobretudo não economicistas e pensando nas pessoas que acham que. As reportagens e os directos vão saltitando entre mães convictas empurrando carrinhos de bebé, idosos de expressão nostálgica, homens e mulheres solidários, todos achando imenso de cada vez que o governo ache qualquer coisa que lhes suscite petições (um «utente» com cerca de 20 anos mostrava-se espantado com as duas mil adesões no Facebook), cordões humanos, palmas e cartazes que digam qualquer coisa que acabe invariavelmente em a luta continua.
Sempre achei que ser prior nesta freguesia é muito, mas muito complicado. E que trabalhar para a comunicação social neste país é tão giro como ter um mini.
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Etiquetas: e a luta que nunca mais acaba, Maternidade Alfredo da Costa
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