Maria José Nogueira Pinto (1952 – 2011)
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De Maria José já todos disseram alguma coisa. Mas tropecei nesta fotografia e nela encontrei um conjunto de elementos a que não pude ficar alheio. O tique de uma cidade que amo num enquadramento feliz e uma mulher à qual, mesmo sem a conhecer pessoalmente, me habituei a render uma profunda admiração. Por tudo o que já dela foi dito. Mas registo particularmente a veemência e a correcção (apetece dizer educação) com que ela debatia os diversos temas políticos em apreço nos vários programas em que a vi, bem assim como a facilidade com que remetia algumas «questões fracturantes» para o campo das meras idiossincrasias politicamente correctas, por força das suas convicções e escorreita argumentação. Também recordo uma viagem que fez a Angola recentemente, percorrendo praticamente todo o país de carro, pela qual ela nos deixou uma excelente reportagem, sem que alguma vez deixasse assomar ressabiamentos ou se deixasse arrastar pelo campo fácil da crítica emocional, sobretudo quando eram bem conhecidas as suas opiniões sobre os fautores da nossa «descolonização exemplar». E rendi-me, comovido, à sua última crónica para o DN, escrita pouco antes de morrer, profusamente reproduzida na blogosfera e comunicação social.
Fazem falta em Portugal Marias Josés como esta.
De Maria José já todos disseram alguma coisa. Mas tropecei nesta fotografia e nela encontrei um conjunto de elementos a que não pude ficar alheio. O tique de uma cidade que amo num enquadramento feliz e uma mulher à qual, mesmo sem a conhecer pessoalmente, me habituei a render uma profunda admiração. Por tudo o que já dela foi dito. Mas registo particularmente a veemência e a correcção (apetece dizer educação) com que ela debatia os diversos temas políticos em apreço nos vários programas em que a vi, bem assim como a facilidade com que remetia algumas «questões fracturantes» para o campo das meras idiossincrasias politicamente correctas, por força das suas convicções e escorreita argumentação. Também recordo uma viagem que fez a Angola recentemente, percorrendo praticamente todo o país de carro, pela qual ela nos deixou uma excelente reportagem, sem que alguma vez deixasse assomar ressabiamentos ou se deixasse arrastar pelo campo fácil da crítica emocional, sobretudo quando eram bem conhecidas as suas opiniões sobre os fautores da nossa «descolonização exemplar». E rendi-me, comovido, à sua última crónica para o DN, escrita pouco antes de morrer, profusamente reproduzida na blogosfera e comunicação social.
Fazem falta em Portugal Marias Josés como esta.
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Etiquetas: a vida por quem a entende, Maria José Nogueira Pinto
2 Comments:
Extraordinaria fotografia, de facto.
Luís Gaspar
É de facto uma excelente fotografia...
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