Álvaro is a jolly good fellow
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O Álvaro está deslumbrado por ser Álvaro e tratar o seu colega por Mark. São ambos professores catedráticos e eu concordo com o Álvaro no sentido de que os anglo-saxónicos cultivam mais o nome que o título. É saudável, é linear e assim é que deve ser, ao invés do que se passa no nosso país em que somos todos engenheiros, doutores e professores.
Falo por experiência própria porque também eu tive a felicidade de me entrosar na forma de valermos pelo nome, enquanto, profissionalmente somos engenheiros, doutores ou professores. Mas tenho de discordar da forma simplista com que o senhor ministro da economia vulgariza o Estado e os seus agentes primeiros, ao dar-se a tratar pelo nome. Um ministério não é uma faculdade e uma universidade não é um país. Há um módico de respeito e dignidade que em coisas de Estado tem de ser mantido. Não me passa pela cabeça eu pedir uma audiência ao senhor ministro da Economia para, por exemplo, discutir um projecto de um investimento e dizer: Ó Álvaro dê aí uma olhada e se tiver alguma dúvida a gente fala com o Vítor. Em última análise levamos o assunto ao Pedro para o mostrar ao Aníbal. Para além de que quem nos ouvisse poderia penar que somos todos um grupo de «good fellas»!
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O Álvaro está deslumbrado por ser Álvaro e tratar o seu colega por Mark. São ambos professores catedráticos e eu concordo com o Álvaro no sentido de que os anglo-saxónicos cultivam mais o nome que o título. É saudável, é linear e assim é que deve ser, ao invés do que se passa no nosso país em que somos todos engenheiros, doutores e professores.
Falo por experiência própria porque também eu tive a felicidade de me entrosar na forma de valermos pelo nome, enquanto, profissionalmente somos engenheiros, doutores ou professores. Mas tenho de discordar da forma simplista com que o senhor ministro da economia vulgariza o Estado e os seus agentes primeiros, ao dar-se a tratar pelo nome. Um ministério não é uma faculdade e uma universidade não é um país. Há um módico de respeito e dignidade que em coisas de Estado tem de ser mantido. Não me passa pela cabeça eu pedir uma audiência ao senhor ministro da Economia para, por exemplo, discutir um projecto de um investimento e dizer: Ó Álvaro dê aí uma olhada e se tiver alguma dúvida a gente fala com o Vítor. Em última análise levamos o assunto ao Pedro para o mostrar ao Aníbal. Para além de que quem nos ouvisse poderia penar que somos todos um grupo de «good fellas»!
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Etiquetas: governo, tudo bons rapazes
6 Comments:
Isso é pouco importante. O que importa é que ele parece ser o Álvaro certo - não é, por exemplo, o Álvaro Cunhal.
Nelson,
Compreendo perfeitamente o teu ponto de vista e estou certa que ele vai aprender rapidamente que pode ser cool mas com peso e medida...
Não resisto em deixar aqui mais um pensamento:
Tivemos um Sr.Sócrates que queria ser Engenheiro e agora temos um Sr. Doutor que não se importa de ser "só" Álvaro! :))))
Agora, e com todo o respeito que me merecem, que é muito, estão todos empenhados em se distanciarem dos maus (?) exemplos do passado, num afã de mostrarem imparcialidade, isenção, rigor (e mais um monte de qualidades - entre elas as exigidas às vestais) e imaginação – veja-se, por exemplo, os eméritos beneficiários do rendimento de reinserção a irem prestar trabalho comunitário (pobres velhinhos a mercê dos algozes dentro da própria casa…). Enfim, vão ter de perceber, e espero que não tarde demais, que é tudo uma questão de sensatez.
Carlos Pires
Pode ser um Álvaro certo - eu próprio acho que este governo é um go0verno certo. Mas neste particular, sou ainda por um certo e desejável conservadorismo. Mantenhamos a dignidade do Estado, nâo o tratemos assim a modos que...
papoila
pois... só de mencionares o engenheiro domingueiro eriçou-se-me o couro cabeludo...
Alexandra
Eu percebo o entusiasmo... percebo a sensação. Passei pelo mesmo tipo de experiência. Mas, tal como digo acima acho que se deve preservar a dignidade do Estado, que somos todos nós, representados por aqueles que elegemos.
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