Tabus
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Falando ainda de jornalistas. A forma como a nossa rapaziada se assume como fazendo um bom trabalho à medida que vai desfiando a sua intolerável leveza e superficialidade nas questões que põe aos nossos políticos chega a ser um festival de pretensa zombeteria… isto se eles soubessem o significado de zombeteiros. Mas não sabem, limitam-se a sê-lo e, mais grave, convencidos que estão a desempenhar um bom papel.
A parada de “PSD’S” ontem foi um manancial para o pessoal do microfone que exercitou um dos mais patéticos desempenhos a que tenho assistido. Nada ou quase nada do que perguntavam fazia sentido ou tinha interesse para quem quer que seja, limitavam-se a pegar em expressões, gestos, (um houve, da SIC, que chegou a questionar a resposta de um entrevistado sobre o seu encolher de ombros, o homem parecia que tinha um tique e nem percebia a pergunta do jornalista e ele insistia, “mas porque encolheu os ombros? O senhor encolheu os ombros, porquê?”), observações que para quem vê o "Law and Order" na Fox classificaria como “leading questions” e, desgraça das desgraças, um obscuro conhecimento das realidades políticas, pelo menos a avaliar pelo tipo de questões colocadas. A pérola, para mim, foi o “tabu”… o tabu, aquele posicionamento execrável “inventado” por Cavaco Silva e que qualquer jovem jornalista acha de bom tom conhecer. E é assim que Manuela Ferreira Leite “desfez o tabu”… e veio ao encerramento do Congresso do PSD. Desfez o tabu, imagine-se, vá lá uma pessoa passar-lhe pela cabeça que MFL ia desfazer o tabu e ia a Carcavelos…
Falando ainda de jornalistas. A forma como a nossa rapaziada se assume como fazendo um bom trabalho à medida que vai desfiando a sua intolerável leveza e superficialidade nas questões que põe aos nossos políticos chega a ser um festival de pretensa zombeteria… isto se eles soubessem o significado de zombeteiros. Mas não sabem, limitam-se a sê-lo e, mais grave, convencidos que estão a desempenhar um bom papel.
A parada de “PSD’S” ontem foi um manancial para o pessoal do microfone que exercitou um dos mais patéticos desempenhos a que tenho assistido. Nada ou quase nada do que perguntavam fazia sentido ou tinha interesse para quem quer que seja, limitavam-se a pegar em expressões, gestos, (um houve, da SIC, que chegou a questionar a resposta de um entrevistado sobre o seu encolher de ombros, o homem parecia que tinha um tique e nem percebia a pergunta do jornalista e ele insistia, “mas porque encolheu os ombros? O senhor encolheu os ombros, porquê?”), observações que para quem vê o "Law and Order" na Fox classificaria como “leading questions” e, desgraça das desgraças, um obscuro conhecimento das realidades políticas, pelo menos a avaliar pelo tipo de questões colocadas. A pérola, para mim, foi o “tabu”… o tabu, aquele posicionamento execrável “inventado” por Cavaco Silva e que qualquer jovem jornalista acha de bom tom conhecer. E é assim que Manuela Ferreira Leite “desfez o tabu”… e veio ao encerramento do Congresso do PSD. Desfez o tabu, imagine-se, vá lá uma pessoa passar-lhe pela cabeça que MFL ia desfazer o tabu e ia a Carcavelos…
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Etiquetas: jornalistas
4 Comments:
É confrangedor o "jornalismo" que hoje se pratica nos "directos" televisivos. Evito o mais possível assistir, mas às vezes acontece e fico envergonhado. Problema meu, claro.
Mais um abraço.
Ora VIVA!
Concordo que é mesmo irritante e confrangedor, mas a tua escrita faz-me rir :):) adorei o "porque é que encolheu os ombros, porquê????"
:)
Bom regresso!
Torquato a Luz
Eu também evito... mas acabo ouvindo. lendo... O que menciono refere-se, mais a jornalistas jovens, o que me leva a pensar que este tipo de actuação terá a ver com a "escola" a que são submetidos na faculdade. Ou então... são mesmo assim, porque é "assim" que funciona a sociedade portuguesa...
Outro abraço
Papoila
Eu bem que desconfiava que te rias :))))) fico muito vaidoso com essa tua observação :)))))
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