domingo, fevereiro 07, 2010

A murro


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Scolari (ai que saudades, ai, ai…) foi crucificado em praça pública, onde não faltou a alusão às suas origens sul-americanas, terceiro-mundistas e correlativos, por ter empurrado e tentado agredir um jogador de futebol. Não só. Foi castigado e, com civismo, retratou-se e cumpriu o castigo. Foi, na minha opinião, um senhor, com dimensão humana e profissional.

Ontem, Carlos Queirós andou ao estalo com um jornalista que, ao que parece, também é delegado da UEFA. Para além desta recente tendência para os portugueses resolverem as coisas à chapada, impressionou-me o branqueamento que, desde a Federação até aos jornais desportivos, se está a fazer ao acontecimento.

Eu acho que C. Queirós devia ser castigado. Tout court. Mesmo que isso signifique mudança de seleccionador. Mesmo que isso nos conduza a ser eliminados à primeira na África do Sul. É que não percebo o bruááá (e os castigos duros) que foi por aí com as agressões de Sá Pinto, de João Pinto e de Scolari e os paninhos quentes usados agora com Queirós. De resto, a não acontecer nada, eu quero ver como Queirós e a Federação vão reagir se de hoje para amanhã dois jogadores da selecção desatarem ao murro…

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