O consigo e a excelência
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Passadas algumas tentativas mais ou menos frustres e folclóricas de prolongar o achincalhamento a que Pedro Santana Lopes tem sido continuadamente sujeito, a propósito da sua recente condecoração pelo Presidente da República, o que ficou da cerimónia foi um episódio simples, breve e protocolar. Suficiente, mesmo assim, para recordar a também breve intervenção de Santana Lopes que, a certa altura, disse “é para mim uma honra receber esta condecoração das mãos de V. Excelência”. Esta frase passaria mais ou menos despercebida se não me fizesse recordar a intervenção recente de Sócrates quando afirmou a Cavaco Silva, “continuaremos a colaborar consigo”.
Esta diferença de estilo e respeito institucional não tem a ver com votos. Tem a ver com a natureza das pessoas, com sentido de Estado, cidadania e com o brilho devido à forma de nos expressarmos junto das figuras de Estado, tem a ver, enfim, com uma forma de estar e de ser que temos ou não. Está connosco, é intrínseca e são línguas que não se aprende depois de velho, lá diz a velha sabedoria popular.
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Passadas algumas tentativas mais ou menos frustres e folclóricas de prolongar o achincalhamento a que Pedro Santana Lopes tem sido continuadamente sujeito, a propósito da sua recente condecoração pelo Presidente da República, o que ficou da cerimónia foi um episódio simples, breve e protocolar. Suficiente, mesmo assim, para recordar a também breve intervenção de Santana Lopes que, a certa altura, disse “é para mim uma honra receber esta condecoração das mãos de V. Excelência”. Esta frase passaria mais ou menos despercebida se não me fizesse recordar a intervenção recente de Sócrates quando afirmou a Cavaco Silva, “continuaremos a colaborar consigo”.
Esta diferença de estilo e respeito institucional não tem a ver com votos. Tem a ver com a natureza das pessoas, com sentido de Estado, cidadania e com o brilho devido à forma de nos expressarmos junto das figuras de Estado, tem a ver, enfim, com uma forma de estar e de ser que temos ou não. Está connosco, é intrínseca e são línguas que não se aprende depois de velho, lá diz a velha sabedoria popular.
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Etiquetas: a patine e a falta de solarine, Santana Lopes
5 Comments:
Teresa Caeiro, dizia ontem na SIC, que realmente este episódio "protocolar" nem devia ser notícia. Eu também acho que esta condecoração só aconteceu porque estava no protocolo, uma vez que a personagem condecorada personifica um péssimo exemplo no desempenho de funções governativas.O protocolo de Estado é mesmo muito hipócrita.
Vítor Correia de Azevedo
Eu ouvi a Teresa e não podia concordar mais com ela. Também acho que o episódio não devia ser notícia. Pelo menos tão notícia por aqueles que se entretiveram nos últimos dias a surpreenderem-se como é que uma prática protocolar e de tradição era aplicada, apesar de se tratar de Santana Lopes...
Mas se o Vítor reparar bem, o post não vai nesse sentido. Vai na diferença de trato entre Santana e Sócrates. Era tão somente isso...
Quanto ao resto que o Vítor refere como o péssimo exemplo no desempenho de funções governativas estarei cá para ver se farão os mesmos comentários quando Sócrates for condecorado. Porque em matéria de péssimo, Sócrates ganhará a Santana por Knock out claro e sem espinhas. A não ser que ele seja mesmo apanhado pelas malhas de justiça, facto que, suponho, comprometerá a medalha...
Absolutamente.
Nelson,
Cada vez melhor e mais certeira a tua opinião!
Estou cheia de pressa amanhã acho que digo mais:)
papoila
Não te atrases, papoila, não te atrases :))
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