quarta-feira, abril 29, 2009

A zoologia da política


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“Não foi feito pelo Partido Socialista não. Nós tivemos um contacto da tutela, dos representantes do Ministério da Educação aqui no Distrito de Portalegre e na região de Évora, que é onde está a Direcção Regional, com a intenção de consultar crianças e pais”, disse a responsável.

Mais do que o acto em si, angariar criancinhas para propaganda do governo sem dar cavaco a ninguém, choca a retórica “pós-delito” com que o Partido Socialista nos brinda quase todos os dias e que se tornou já uma imagem de marca e que consiste fundamentalmente em fazer de todos nós parvos. Quer dizer, todos, não. Porque há sempre aqueles que votam incondicionalmente, faça ou diga o Partido o que fizer ou disser. São os indefectíveis, os correligionários, a claque de fidelidade canina, que acham que os outros devem assumir uma passividade bovina, fazendo de todos nós burros. Porque a verdade é que pouca gente altera a serena impavidez com que se vai assistindo à extrapolação e abuso descarados do poder do aparelho de Estado.

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